segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Festas de Fim de Ano: Planejamento para diminuir impactos ambientais em 2012

Neste mês das reuniões, intercambio de presentes, viagens e... da preparação de uma agenda objetivos e metas para o novo ano, que tal, pensar em diminuir o impacto ambiental de nossas atividades praticando o consumo consciente!(1)
1)Praticar a separação de materiais secos: Dar preferência a papéis e embalagens recicladas, escolha as embalagens duradouras e que possam ser reutilizadas, e encaminhe para reciclagem as que não puderem ser reaproveitadas.
2)Pensar em utilidades: Faça você mesmo alguns dos seus presentes, compre produtos artesanais feitos por comunidades, cooperativas ou entidades do terceiro setor e opte por objetos feitos com matéria-prima reciclada.
3)Contribuir com a economia do país: Compre produtos que não sejam piratas ou contrabandeados, assim você estará contribuindo para o aumento de empregos formais e conseqüente diminuindo a violência no seu bairro, na sua cidade, no seu país.
4)Conferir a Responsabilidade Social e Ambiental: Informe-se sobre as empresas das quais vai comprar, consultando a Escala Akatu de Responsabilidade Social Empresarial dentro do Guia de Empresas e Produtos do Instituto Akatu ou outras publicações especializadas.
5)Praticar o Reuso: Reaproveitar os enfeites dos anos anteriores e, na compra de novos, prefira os artesanais ou feitos a partir de materiais recicláveis. Após as festas, guarde os enfeites com cuidado e os reutilize no próximo Natal. Na decoração com luzes, use lâmpadas de baixo consumo e apague-as antes de dormir.
6)Quanto aos alimentos nos lanches, jantares e ceias: Comprar apenas a quantidade de alimentos que você estima que realmente será consumida. Prefira produtos cultivados na sua região, reduzindo assim o custo de transporte e o desperdício. Mesmo que a família seja grande e o trabalho depois da ceia também, esqueça os pratos e copos descartáveis, que viram lixo. Opte pelos de porcelana e vidro, que podem ser lavados e reutilizados. E principalmente evite comer e beber em excesso pela saúde de vida e a saúde econômica.
7)Lembrar que: O varejo nem sempre dá conta de acabar com os estoques do Natal e, em geral, depois do dia 25, fazem descontos que podem achegar a metade dos preços dos produtos. Se for viável, deixe para comprar o seu presente nesse período.

Refletir na frase "um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito" Quem a formula é Serge Latouche, professor de economia da Universidade de Paris XI – Sceaux/Orsay.(2)

(1)Akatu http://www.akatu.org.br/Temas/Consumo-Consciente/Posts/O-que-e-consumo-consciente-Oito-vantagens-de-antecipar-as-compras-de-Natal
(2)ONGCea http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/tag/mito-do-desenvolvimento-sustentavel/

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cuidados na hora descartar lâmpadas fluorescentes queimadas

As lâmpadas contendo mercúrio são consideradas: resíduos perigosos Classe I (NBR 10.004/04) (1) -(2) e atribui-se a responsabilidade do seu descarte a quem as gera. Isto significa que as empresas e organizações em geral possuem responsabilidade sobre a forma de armazenamento, transporte e especialmente sobre a forma de encaminhamento ao destino final das lâmpadas, Artigo 33, inciso V da Lei 12305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos. Portanto, as lâmpadas devem ser armazenadas de forma a evitar sua quebra, transportadas em veículos especiais licenciados pelos órgãos competentes, e quem as recebe, também deve possuir licenciamento ambiental e outros critérios técnicos atendidos.

O consumidor também precisa ter cuidados no manuseio e uso das lâmpadas fluorescentes e quando queimadas acondicioná-las em caixas de papelão, preferencialmente nas embalagens originais. Se houver quebra de uma delas, o que libera o vapor de mercúrio no ar, recomenda-se seguir os procedimentos recomendados pela Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação - ABilumi (3), nessa circunstância, enumerados em continuação.

- Não usar equipamento de aspiração para a limpeza;

- Logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação;

- Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos;

- Após 15 minutos, colete os cacos de vidro e coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas e avental para evitar contato do material recolhido com a pele;

- Com a ajuda de um papel umedecido, colete os pequenos resíduos que ainda restarem;

- Coloque o papel dentro de um saco plástico e feche-o;

- Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível, lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;

- Logo após o procedimento, lave as mãos com água corrente e sabão.

Lembrar que além de ter (apenas 20mg de) mercúrio nas lâmpadas fluorescentes, também contêm mercúrio as lâmpadas de vapor de mercúrio propriamente ditas, as de vapor de sódio e as de luz mista. O risco para a saúde aumenta pelo efeito acumulativo e persistente de varias lâmpadas quebradas ou do descarte delas em aterros. Por esse motivo as lâmpadas que contêm mercúrio já devem ser separadas, na origem, do lixo orgânico e dos materiais tradicionalmente recicláveis, como vidro, papel e plásticos.

Na cidade e Rio de Janeiro e Niterói a empresa Ampla Distribuidora de Energia Elétrica e a empresa Ideia Cíclica, executam o trabalho de descontaminação de lâmpadas fluorescentes queimadas de condomínios, prédios e instituições públicas de forma gratuita. Com a descontaminação o material torna-se inofensivo à saúde pública. Além disso, o alumínio, o vidro e o pó de fósforo resultantes do processo e da triagem poderão ser reaproveitados para produção de novas lâmpadas ou de outros produtos

(1) NAIME, R. e GARCIA, A.C Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.6, n.1, p. 1-6, dez. 2004

(2) Apliquim Brasil Recicla http://www.apliquimbrasilrecicle.com.br/empresa/

(3) Abilumi http://www.abilumi.org.br/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CooperCodin: catadoras assumem desafio para firmar sua auto-estima e cidadania

Na quinta feira 17 de novembro foi realizada uma Assembleia de catadoras, do Aterro Controlado de Codin, na quadra de esportes do Colégio Pedro Álvares Cabral, no bairro Terra Prometida. Na pauta da reunião, a escolha dos representantes do Diretório ou Conselho Administrativo e apresentação do modelo de estatuto para próxima deliberação e aprovação. Foram eleitas por unanimidade pelos membros da assembleia. A seguir, a relação dos membros eleitos e a designação a ser usada:
Presidente: Deise Nogueira dos Santos
Vice-presidente: Andrea Souza Santos
Secretária: Marileia da Silva Cordeiro.
A reunião contou com a presença de mais de 23 catadoras, e aconteceu após o serviço diário delas. A assembleia foi dirigida pelo catador Custódio da Silva Chaves do MNCR-RJ e estiveram presentes na eleição o Secretário Municipal de Serviço Público, Zacarias de Albuquerque; Giselda Leão, representando a Secretária Municipal de Trabalho e Renda; Irecy dos Santos Silva Damasceno da Secretaria Municipal de Família e Assistência Social e as ex-funcionárias da empresa Vital Engenharia Ambiental: Marza Batista e Lourdes Castilho.
As catadoras, presentes na assembleia, prJustificaroximamente ficarão sem acesso ao seu local de trabalho, de mais de 20 anos, com o fechamento do Aterro Controlado, em Codin, e agora com a Lei Federal 12305, da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, para exercer seu trabalho terão que adquirir formalidade através de associações ou cooperativas e buscar outro local de para trabalhar.

O Conselho Municipal de Assitencia Social (CMAS), representada pela professora da UFF Érica Almeida, em contato com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR-RJ) vem apoiando as catadoras do aterrro em Codin. Nas últimas cinco semanas, quatro membros do MNCR-RJ entre eles Custódio da Silva Chaves, um dos coordenadores do movimento e presidente da cooperativa CooperGericinó, localizada em Bangú, trabalharam e dialogaram com as catadoras no próprio aterro, conquistando a confiança delas que, reconheceram a necessidade de formar uma cooperativa.

O nosso Projeto de Extensão, a convite, esteve presente neste evento histórico, e ficou a disposição da CooperCodin para o apoia-la, dentro de suas possibilidades. As catadoras iniciaram um projeto desafiador e complexo: o Trabalho Cooperativado, mas não ficarão desamparadas porque a conjuntura legal e ambiental irá ajudar a estas corajosas catadoras, que desejam chegar com sua profissão ao reconhecimento e a independência económica. Elas terão a preparação e apoio dos que reconhecem o serviço valioso de um catador, pois aumentam a vida útil de produtos descartados e, sendo um elo na logística reversa da indústria de reciclagem, e após da triagem colocados a disposição de sucateiros e das fábricas recicaldoras.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

VIII Semana de Ciencia e Tecnologia na UENF: promove preparação para Rio + 20

Duas décadas após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, RIO 92 (ou conhecido como Cimeira da Terra) o Brasil sediará novamente o encontro organizado pelo ONU: RIO +20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá nos dias 4 a 6 de junho de 2012. Entre os temas a serem tratados está:


- A integração dos processos de produção aos serviços ambientais, preservando os ecossistemas aumento a eco-eficiencia e respeito aos limites do planeta.


- As Energias Renováveis de modo que promova a diminuição dos preços destas energias afim torná-las mais competitivas;
- Avaliação dos avanços em relação à Conferencia Rio 92 e seu resultado Conferência-Quadro das Nações unidas sobre Mudanças Climáticas



Segundo Brince Lalonde, coordenador executivo da Rio +20, "o objetivo da Rio +20 não é produzir resultados imediatos, mas sim soluções de longo prazo para uma vida melhor no planeta. Essa conferência pertence a uma família especial de conferências, que olham para o longo prazo, para o quadro geral”. Ele afirmou, ainda, que a liderança brasileira é fundamental para o encontro, pois a liderança deve vir de países emergentes (1).
A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, declarou que seu governo está empenhado para que a Rio +20 “não seja só uma autoconsciência brasileira a respeito de uma trajetória e um compromisso com o seu povo e mundo. Mas também que seja justamente esse diálogo com o futuro no sentido de que o mundo possa traçar um caminho em que os 7 bilhões de humanos tenham um compromisso não só com a geração que nós compartilhamos, mas também com o futuro do povo e da humanidade”(2).
Sérgio Guimarães, coordenador do Departamento de Políticas Públicas do Instituto Centro de Vida (ICV), num seminário realizado pelo Instituto Ethos e Fórum Clima, afirma sobre a importância do nivelamento das informações entre governo federal e governos estaduais. “As mudanças climáticas afetam a todos de maneira geral e não respeitam fronteiras, por isso, tratar da questão como agenda global de governo é fundamental”(3).




As mudanças nos estilos de consumo não cabem apenas aos governos, elas cabem, e muito, às pessoas que devem assumir seu importante papel na luta por um planeta mais sustentável exigindo das autoridades que algo seja feito para que as próximas gerações não sofram pelos erros cometidos hoje contra o meio ambiente.





Neste ambiente, de preparação para Rio + 20 que, a VIII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2011, sob o tema central "Mudanças Climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos " desenvolveu-se entre os dias 17 e 21 de outubro no Centro de Convenções da UENF. Nesta semana se desenvolveram e ventos importantes a XI Mostra de Pós-graduação da UENF e a III Mostra de Extensão IFF-UENF-UFF (4).









domingo, 9 de outubro de 2011

12 de outubro: Por crianças envolvidas com a preservação do planeta e o consumo racional dos recursos naturais

Está próxima a data de comemoração, no Brasil, do Dia das Crianças. Embora tenha-se convertido numa data de expectativa comercial e negócios, ainda há a oportunidade de refletir e acreditar nas crianças continuam sendo a esperança de um Mundo Melhor. Para tal, cada um dos adultos de hoje deve reconhecer que a medida que o planeta está aumentando sua população e a tecnologia de informação aproxima seus habitantes tornando o mundo mais interdependente e frágil. Deve-se reconhecer que o planeta possui uma grande diversidade cultural e formas de viver, mas conforma uma família humana e uma comunidade com um destuno comum (1) . O planeta proporcionou aos humanos condições para a evolução da vida. Depende-se, portanto da conservação de seus sistemas ecológicos saudáveis,da variedade se seus animais e plantas, solos férteis, águas puras e ar limpo. Tem-se de cuidar do planeta e um dos outros!

Faz-se necessário buscar um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Respeitando e colocando em prática de modo criativo os seguintes princípios:


I-Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida

II-Proteger e Restaurar a Integridade Ecológica

III-Garantir Justiça Social e Econômica

IV-Trabalhar pela Democracia, Não Violência e Paz

O exemplo de adultos comprometidos na prática dos princípios assinalados, será o que mostre as crianças, de hoje, o caminho para alcançar a sustentabilidade a intensificação da luta pela justiça e pela paz como uma celebração a vida.


Lembrar no Dia das Crianças que um outro mundo é possível, buscar mais informação sobre a biodiversidade e novas atitudes quanto ao consumo dos recursos naturais e maior consciência coletiva.

(1) Carta da Terra , versão Integral http://www.cartadaterrra.com.br/ctoriginal.htm
(2) Carta da Terra para Crianças http://www.cartadaterra.com.br/cart_da_terra1.htm

terça-feira, 13 de setembro de 2011

22 de setembro: Dia Mundial Sem Carro, dia de reflexão pelas mudanças climáticas

O evento “Na cidade sem meu carro” ou “Dia mundial sem carro” surgiu na França em 1997. Seu objetivo é conscientizar os cidadãos para os prejuízos do uso excessivo do transporte individual motorizado em detrimento de outros meios que promovem a sustentabilidade, como o transporte coletivo e a bicicleta.
No calendário da cidade de Rio de Janeiro está o Dia Mundial Sem Carro desde 2007 e este ano será o incentivado o uso do Transporte Público. A campanha terá apoio da Fetranspor - a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro. Quem deseje apoiar a campanha deixando o carro em casa, podem ter direito ao benefício de quatro passagem de ónibus, para tal é preciso cadastrar o Renavam do carro na página
www.fetranspor.com.br, entre os dias 9 e 14 de setembro, desse modo ganhará um Riocard com R$ 10 em bônus(1).


Com foco na mobilidade alternativa, a JORNADA BRASÍLIA 2011 DO DIA NA CIDADE SEM MEU CARRO pretende apoiar a transição para um sistema de transporte eficiente de recursos renováveis, promovendo a limpeza do ar, combustíveis sustentáveis e viagens, modos eficientes de propulsão humana(2). Melhor mobilidade também significa que as cidades atinjam um ar mais puro - um ambiente melhor e mais saudável - e muitos benefícios em termos de
redução das emissões nocivas. As cidades devem ser lugares onde as pessoas queiram viver e trabalhar.





Logomarca e desenho de divulgação do Dia Mundial Sem Carro


Na cidade de São Paulo, setembro é o mês da mobilidade e no dia 22 será promovido o Dia Mundial Sem Carro, data comemorada mundialmente, sendo o dia em que as pessoas tomam as ruas de forma alternativa. As primeiras articulações em Brasil começaram em 2001 e atualmente tem mais cidadãos trabalhando para que o mês esteja repleto de atividades e iniciativas que estimulem as pessoas a darem seu primeiro passo para uma mobilidade mais sustentável(3).


Esta é uma data importante para que cada cidadão reflita sobre sua cidade e na sua forma de se relacionar com ela. As ações são simples, basta deixar o carro em casa e adotar outro meio de transporte, como a bicicleta, a carona ou o transporte público. Com esta atitude além de poupar as emissões de CO2 e outros poluentes ainda poderá economizar com combustível e estacionamento. Cada cidadão deve fazer a sua parte!





domingo, 28 de agosto de 2011

Princípio da Lei de Resíduos Sólidos (PNRS): Valorizar o material recíclavel e os catadores que fazem a coleta!

O acumulo de resíduos sólidos começou a ser considerado um problema com a formação de centros urbanos por causa dos impactos ambientais, económicos e a saúde. Desde então o problema cresce em dificuldade e volume tornando-se o maior desafio da gestão pública.


Segundo informe da ONU, 13% da população mundial foi urbana em 1990 (de um total de 230 milhões) e em 2005 (3,2 biliões) saltou para 49%. A América Latina é a região mais urbanizada do planeta possui 80% de sua população vivendo em cidades. Na última semana de Outubro de 2011 a terra chegará aos 7 bilhões de habitantes(1) .


Com estes dados pode-se ter uma dimensão clara do problema que se deve enfrentar com os materiais descartados pelos habitantes das cidades, reconhecendo-se que deve ser abordado com técnicas de gerenciamento mais apuradas e coordenadas com as políticas de desenvolvimento das cidades, regiões e/ou países.


Com a Lei 12305 de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), promulgada em 2 de agosto 2010, os Municípios deverão elaborar um plano de metas sobre resíduos recicláveis com a participação dos catadores(Capítulo II, Artigo 6). Isto é, se estabelece a valorização do trabalho do catador como agentes formais na gestão de resíduos urbanos. Evitar a exploração dos catadores por algumas atravessadores de sucata e materiais recicláveis e sucateiros de maior porte.

No Capítulo III, Seção II, artigo 31 estabelece a responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes no recolhimento dos produtos negociados e seus resíduos remanescentes para serem encaminhados para tratamento e destino ambientalmente adequado.Com a responsabilidade compartilhada cada cidadão, o consumidor, deverá separar seus resíduos em sua residência (ou centro de trabalho) e acondicioná-los para a coleta desses materiais pelas cooperativas de catadores que atuem em parceria com a instituição de serviços públicos da Prefeitura.


Na cidade de Campos em breve deve fechar o aterro controlado de Codin, administrado pela Vital Engenharia Ambiental, empresa que executa o serviço de limpeza pública para a Prefeitura. Entre 2009 e 2010 a empresa cadastrou quase 280 catadores que trabalham no aterro. A Prefeitura em declaração recente manifestou que há 90 vagas na usina de Triagem e na Estação de Transbordo, construídos pela empresa Vital, em local vizinho ao aterro(2). Há um ano se instalou a preocupação pelo futuro nos catadores que trabalham no aterro pela iminência na perda de seu local de trabalho. Porém, não são os únicos catadores na cidade e é necessário que a Prefeitura priorize a preparação e formação de cooperativas ou outras associações de catadores e sua contratação para aumentar a qualidade e quantidade de material reciclável coletado na cidade de Campos.
(1) Caderno de População Ano II, Edição V- agosto de 2011. http://www.unfpa.org.br
(2) Prefeitura começa a cadastrar os catadores de recicláveis e prepara perfil. Seção Economia. 20 de agosto de 2011. Vistado em 28 de agosto2011 http://ejornais.com.br/jornal_folha_da_manha_rj.html

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Separar o lixo, andar de bicicleta e eliminar o desperdício: Consumo Consciente

No último dia 15 de julho, a Lei 5.502/09 do Estado de Rio de Janeiro, cumpriu dois anos de promulgado. Esta Lei dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais. Com esta, prepara-se uma forma de colocá-las à disposição da cadeia de reciclagem e proteção do meio ambiente fluminense.
A implementação da Lei segundo o disposto no § 3º do Art. 2º tem prazos que dependem do porte e tipo do estabelecimento. Nela Indica-se que o objetivo de promover a substituição e coleta das sacolas plásticas se apliquem as seguintes contraprestações:
I - a cada 5 (cinco) itens comprados no estabelecimento, o cliente que não usar saco ou sacola plástica fará jus ao desconto de no mínimo R$ 0,03 (três centavos de real) sobre as suas compras;
II - permuta de 1 Kg (um quilograma) de arroz ou feijão por cada 50 (cinquenta) sacolas ou sacos plásticos apresentados por qualquer pessoa.
A vez dos supermercados foi observada nesta ano que passou. Dados levantados pela Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e divulgados no aniversário da lei pelo Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc, durante a operação organizada pela Secretaria para fiscalizar a aplicação da lei em supermercados, informaram que 25% das 2,4 bilhões de sacolas distribuídas anualmente no estado não foram utilizadas. Um indicador positivo da aplicação e divulgação da Lei.
Reconhece-se que a lei tem como meta estimular o consumo consciente pois há necessidade de grandes mudanças em nossa forma de manipular, consumir, comercializar e gerir os recursos naturais. Exatamente assim é mencionado no Art. 5° da Lei, onde se estabelece incluir na conscientização da população sobre os danos causados pelo material plástico quando não descartado adequadamente em condições de reciclagem, amparados na Politica Estadual de Educação Ambiental Lei 3325/99.

Em relatório titulado: Avaliação de Ciclo de Vida de Sacolas de Supermercado; preparado pela Agência do Meio Ambiente do Reino Unido, Environment Agency sobre os impactos de diversos tipos de sacolas, concluiu-se que o maior impacto ambiental reside no consumo de recursos naturais para a fabricação e no processo de produção das sacolas. O relatório publicado em março de 2011 surprendeu pelo resultado referente ao número de reusos recomendado para diminuir os impactos de aquecimento global das sacolas de papel, de algodão ou biodegradáveis, comparados com o impacto de sacolas de plástico comuns de polietileno de alta densidadade (HDPE). Um estudo, com objetivos similares aos da instituição inglesa, realizado para a situação brasileira, será divulgado dia 2 de agosto, dito foi estudo encomendado pela empresa Braskem, a terceira maior produtora de polipropileno do mundo, a Fundação Espaço ECO.


O resultado será mais um indicativo da necessidade de mudança de hábitos, aumento de responsabilidade ambiental individual e coletiva: separar materiais recicláveis dos resíduos, usar menos transporte individual automotivo e planejar compras para diminuir o despedicio. Essas práticas são muito boas para cada pessoa e muito melhores para a sustentabilidade do planeta!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A construção da Agenda 21 de Campos dos Goytacazes deve considerar: Interdependência, Reciclagem, Parceria, Flexibilidade e Diversidade

Em 1992, durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Rio 92, grandes líderes de todo mundo chegaram à conclusão de que as crianças e os jovens são os recursos mais importantes na criação de cidades de desenvolvimento sustentáveis logo, de um mundo sustentável. De igual maneira tomando por base a agenda 21, um processo voltado para o desenvolvimento sustentável, declara (¹):

"É imperioso que a juventude de todas as partes do mundo participe ativamente em todos os níveis pertinentes dos processos de tomada de decisões, pois eles afetam sua vida atual e têm repercussões em seu futuro. Além de sua contribuição intelectual e capacidade de mobilizar apoio, os jovens trazem perspectivas peculiares que devem ser levadas em consideração". Base para a Ação, Capítulo 25 da Agenda 21: Crianças e Jovens no Desenvolvimento Sustentável.


A Agenda 21 é um processo de gestão democrática e participativa que deve envolver todos os setores organizados da sociedade para definição de estratégias, metas e responsabilidades nas dimensões ambiental, econômica e social. Para tanto, deve-se considerar alguns dos princípios da ecologia - interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade, diversidade e, como conseqüência de todos estes princípios básicos, chegar-se-á SUSTENTABILIDADE. A sobrevivência da humanidade dependerá então, da alfabetização ecológica, da capacidade para entender esses princípios e de viver em conformidade com eles.
As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Santos e Florianópolis deram início, respectivamente em 1992, 1996, 1994 e 1997 ao processo de construção da Agenda 21, adotando, porém, metodologias diferentes. Ditas Agendas apresentam como características em comum a formalização dos grupos de trabalho através de decretos, a coordenação das Agendas nas Secretarias, ou órgão responsável pela gestão ambiental do município, a realização de reuniões e seminários para envolver a população e grupos mais diretamente ligados à construção das Agendas 21, correspondente (2)
No último dia 07 foi realizado no Instituto Federal Fluminense (IFF), o Pré-Fórum da Agenda 21 de Campos dos Goytacazes. O Pré-Fórum teve como finalidade agregar pessoas e instituições e reunir subsídios para a realização do futuro Fórum. O processo da Agenda 21 no município iniciou formalmente a partir da Resolução 003/2010, do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, que instituiu a Comissão Preparatória da Agenda 21. O Ante-Projeto de lei criando a Agenda 21 e o respectivo Fórum foi encaminhado à Câmara Municipal em 13 de dezembro de 2010.
Acredita-se que a realização do Pré-Fórum da Agenda 21 cumpriu a missão de consolidar a mobilização e sensibilização da sociedade, como primeira etapa do processo de implantação da Agenda 21 no município. O evento trouxe a sensibilização da população para causas preocupantes e que requerem atenção como conscientização ecológica, luta contra o desperdício, redução de lixo e reciclagem, justiça social, preservação ambiental, aproveitamento dos resultados de pesquisas em Ciência & Tecnologia no uso do solo e em processos produtivos, entre outros assuntos. A exposição da atual condição da sociedade e a luta pela busca de possíveis soluções para os problemas de um desenvolvimento sustentável traz motivação e esperança para a população através de ações conscientes e moderadas de tratar o mundo em que vivem e os recursos que estão à disposição. Além da consciência da construção de um sistema de monitoramento e avaliação do processo de formação continuada.
O desafio para a cidade de Campos é a implementação da Agenda 21, através de um processo democrático, participativo e transparente respeitando os princípios de interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade, diversidade, antes do evento Rio+20: Conferencia das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá em junho de 2012.

(1) http://www.mingaudigital.com.br/article.php3?id_article=3131 Agenda 21 Texto completo.
(2) Kolher M. C. M (2003) Agenda 21 Local: Desafios de sua Implementação. Experiências de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Florianópolis. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública, USP. São Paulo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Lei de Resíduos Sólidos prevê a responsabilidade das Prefeituras para implantar a Coleta Seletiva Solidária

No Brasil, o lixo se tornou uma das questões mais complexas e não resolvidas no decorrer dos tempos. Nesta oportunidade aqui são relatadas informações que foram retiradas de uma série de reportagens exibidas no Jornal da Band, na última semana de Maio, onde foi mostrado em quatro partes a realidade do lixo não só no Brasil, mas também no resto do mundo.
Ao passo que a população cresce em média 1,1% em um ano, a geração de lixo cresceu em 6,8% respeito ao ano 2009 (1-2). Em grandes metrópoles do país como São Paulo, chega-se a detectar 1500 pontos de acúmulo de lixo espalhados e são retiradas 2800 toneladas de lixo em um único dia. O lixo é coletado sem separação e quando os caminhões estão cheios eles são despejados em aterros controlados, ressaltando que material hospitalar, lixo orgânico, plástico, vidro, e todo tipo de lixo é levado para o mesmo lugar.


Existem, porém, países como a Holanda, onde desde pequenos os cidadãos tomam consciência sob sua responsabilidade com o lixo. A Holanda é um dos países que mais reciclam no mundo, sendo seu lixo reciclado em mais de 50% contra 13% no Brasil. A área da Holanda é de 41.864 km2, um pouco menor que o Estado de Rio de Janeiro que é de 43,696 km2, porém a densidade populacional é de 459 habitantes por km2. Em particular, se reportou que na cidade de De Bilt (3) os moradores recebem livrinhos sobre como agir com seu lixo. Todo lixo é separado, sendo um dia destinado para a coleta de cada tipo de resíduo, e aquele que desrespeitar pode ser flagrado por fiscais que são os próprios vizinhos. Caso um cidadão precise se desfazer rapidamente de algum lixo o município disponibiliza um depósito para o descarte e tudo é rigorosamente organizado. Sete caminhões deixam a cidade diariamente e cada um segue seu destino para reciclagem, a parte que não pode ser reciclada é queimada para produção de energia e só 5% que não pode ter estes destinos é levada para aterros.


A Holanda é uma das pioneiras da transformação do lixo em energia. Para tal, a todo o momento caminhões despejam lixo na usina para que sejam queimados. A queima de 30% do lixo é transformada em 2% da energia do país. Na década de 70 existiam 2000 aterros na Holanda, hoje eles são menos de 30. As pessoas separam plástico, papel e orgânicos, e é feita a coleta seletiva. Para ter idéia da situação os trens de Amsterdã são movidos a lixo.


No Brasil, para combater este descaso e para tentar alcançar maior preocupação com os materiais descartados reaproveitando os resíduos sólidos como nas grandes potências, foi sancionada uma nova lei na qual estabelece que em cada cidade deve ser implantada a coleta seletiva e onde existam catadores essa coleta seletiva deve ser Solidária. Trata-se da lei 12305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos que será o apoio legal para induzir a uma conscientização da população e fará com que a consciência da responsabilidade para as mudanças climáticas e a poluição é resultado do consumo irracional que tomou conta no país.


Redes de lojas já aderem à coleta seletiva e clientes conscientes também estão levando até elas seu lixo, de forma voluntária. Locais especializados recebem eletrônicos "ultrapassados" de clientes e impedem que eles tenham destinação imprópria. O que iria para o lixo volta para o fabricante. Agora, estes poucos exemplos deverão ser seguidos, pois com a nova lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, PNRS, quem produz (empresas, comércio ou cidadãos) também é responsável pela destinação final do seu produto. Deverão tomar providências e formular projetos e operações que garantam o resgate os seus produtos usados, implantar uma logística reversa.


A parte da população brasileira que possui uma consciência ecológica ainda é muito pequena. Espera-se que com a nova lei e com as campanhas feitas pelo governo e pelas ONGs e Universidades preocupadas e atentas à questão ambiental os cidadãos despertem para a responsabilidade de se preocupar e cuidar do planeta a cada dia e não somente em datas comemorativas.


(1) Censo 2010 IBGE http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/04/29/crescimento-populacional-e-o-mais-lento-desde-os-anos-40-diz-ibge/ visitado em maio 2011. (2) Panorama de Resíduos Sólidos 2010 ABRELPE http://www.abrelpe.org.br/download_panorama.php, Visitado em 18 de junho 2011. (3) http://holandeses.pedagogia.vilabol.uol.com.br/geografica.htm Visitado em 18 de junho de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE: 5 DE JUNHO

Na UENF em 6 de junho terá inicio das aulas do primeiro período letivo de 2011, por coincidência neste ano, um dia após do Dia Mundial do Meio Ambiente. Outra situação perceptivel foi que nestas duas últimas semanas a temperatura na cidade, em outono, está mais baixa e inusual dos últimos 10 anos.
Questões ambientais vem sendo discutidas cada vez mais em nossas sociedades. Mudanças na temperatura, o crescimento das cidades, a aumento do lixo que vem se tornando uma das causas significativas das emissões de gases poluentes e modificadores da atmosfera. A existência do lixo é inevitável, não podemos impedir a sua produção, porém buscar alternativas que minimizem o problema está ao nosso alcance.
Mesmo que não seja possível reaproveitar todo o lixo gerado é importante que haja ao menos o cuidado de repassar esse lixo a quem possa fazer uso dele. Uma das formas de se caminhar nesse sentido é separá-lo e verificar algum programa de coleta seletiva próximo de sua residência, escola, trabalho, etc.
Na UENF existe um programa de coleta seletiva dos resíduos sólidos. Nele o recolhimento nos pontos de entrega voluntária é realizada pela equipe do projeto de Extensão, Rumo a Gestão Ambiental na UENF, que se desenvolve desde 2005. O programa não trata apenas da coleta, faz a triagem e encaminhamento adequado preservando o Meio Ambiente. Também, transmite e divulga informações, realiza ações e incentiva mudança de atitudes segundo recomendação da educação ambiental para a comunidade universitária e para a comunidade do Matadouro vizinha ao campus.
Mensalmente é feito um informe, se encontra na 79º edição, com as quantidades do material coletado lembrando sempre chamadas para melhorar a realização do programa. Esse informe é repassado para alunos e funcionários da universidade de forma a estimular a entrega dos resíduos, lixo seco, que são utilizados na universidade, e também daqueles consumidos e descartados nos domicílios dos universitátios e funcionários.
O projeto, na sua prática diária, segue a regra das três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. A redução é estimulada através de noções de educação ambiental que propõe um consumo consciente. A reutilização é praticada pela equipe com o uso das caixas de papelão coletadas para o armazenamento dos materiais coletados e desmontados, as folhas A4 com apenas uma face escrita são utilizadas na confecção de produtos aplicando os passos da arte e ciência de dobraduras de papel: origami e o kirigami; o quais são entregues aos funcionários, alunos do campus e às crianças da comunidade vizinha em datas comemorativas. O material que não é utilizado é encaminhado para eventuais catadores apoiados pelo projeto e aos caminhões da Prefeitura.
Destacamos que o trabalho da equipe se vê reconhecido e gratificado ao perceber que a comunidade universitária vem se esforçando para entregar o material de forma correta, muitos já entregando seu lixo reciclável pré-separado e sem resíduos, o que significa que há cidadãos que preparam seus resíduos secos em ótima qualidade para reciclagem. Tudo o que foi mencionado é mais um incentivo para que a universidade possa cadastrar um grupo de catadores para que possam receber os materiais coletados e prepará-los para aumentar dimensão do serviço que eles realizam na cidade.



Por um 5 de junho de reflexão para a preservação do Meio ambiente!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Prefeitura deverá canalizar a oportunidade de Inclusão dos Catadores que oferece a Cadeia de Reciclagem

A cadeia de suprimentos para a reciclagem se inicia com a separação do lixo nos domicílios e/ou locais de trabalho dos cidadãos, logo a coleta, a triagem, o acondicionamento para reuso ou venda dos componentes elementares cujo fim é a inserção na indústria de reciclagem ou de re-manufatura ou seu descarte correto.

Após a separação, a coleta é fundamental para a cadeia de reciclagem e para os catadores, pois foi o meio lícito para eles angariar seu sustento. Com sua atividade os catadores retiram resíduos das ruas e diminuem o consumo de recursos naturais.


A Lei Federal 12305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em Agosto de 2010, na Seção IV Dos Planos Municipais da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, no art. 18, no 1° item fala da priorização dos recursos da União referido a Municipios que, no inciso II diz,

"implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de organização de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda."


Em 21 de Fevereiro 2011 iniciou-se o funcionamento o Aterro Sanitário em Conselheiro Josino, cujo esquema de funcionamento não permite a presença de catadores. (1)

Pelo mencionado acima, os catadores que coletam no aterro controlado, em Codin, aproximadamente 300, se encontram apreensivos pelo iminente fechamento. Além, de constatarem que a Coleta Seletiva, em funcionamento no Município, não considera os catadores na gestão. Este fato que esta longe da Lei.


Em 30 de Março, representantes do Conselho Municipal de Assistência Social de Campos dos Goytacazes (CMAS) mais seis catadoras em representação das catadoras que trabalham no Aterro Controlado, em Codin, entregaram um pedido ao Ministerio Público Estadual sobre:
-Transparência e Controle Social nas ações da coleta seletiva desenvolvida na cidade.


-Promoção de ações de Inclusão Social e Económica para a maioria de catadores que perderão seu sustento, ao fechar o aterro de Codin. Preparação para formação de cooperativas ou associações.

-Incorporação dos catadores no processo de coleta seletiva municipal.

-Formulação de um Plano Municipal de Gestão dos materiais recicláveis em conformidade com a Lei de Politica Nacional de Resíduos Sólidos. (2)


O projeto de Extensão, responsável por este Blog, veio divulgando desde 2006 a proximidade do fechamento do aterro controlado. Passaram-se 5 anos e virara realidade a saída da Codin. Porém, nesses anos o conteúdo da então proposta de Lei PNRS, mostrava o reconhecimento do espírito empreendedor dos catadores que, abraçando a oportunidade de se sustentar, coletando materias reciclaveis, encaminhava-os para procesos de industriais de novos produtos; desempenhando, sem perceber, o papel de um agente ambiental.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ano Internacional das Florestas: Mudanças no Código Florestal

No próximo 22 de abril comemora-se o Dia da Terra. A efeméride foi criada com a finalidade refletir e estimular a formação de uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais que vem afetando o planeta. Em concordância com esta celebração, se informa a situação sobre as propostas de mudanças ao Código Florestal.


Em fevereiro de 2011, Ano Internacional das Florestas, se iniciou a discussão sobre modificações ao Código Florestal Brasileiro que giram em torno de propostas como anistia a desmatadores, redução nas áreas de preservação permanente, ocupação de encostas e topos de morros, entre outras agressões à legislação ambiental em vigor.


Essas ameaças, reunidas em Relatório encomendado pela Câmara de Deputados levaram a pesquisadores da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) a participar de um seminário na Câmara dos Deputados, terça-feira, 23 de fevereiro, para divulgar um estudo sobre os inevitáveis danos que tais mudanças provocarão.


“O Código Florestal, aprovado em 1965, necessita de atualizações, mas não dessas substituições propostas” afirmou José Antônio Aleixo da Silva, coordenador do trabalho e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). “Pela qualidade das informações e pela quantidade de pessoas presentes, ficou muito claro que o Relatório em discussão foi elaborado em função dos interesses de uma corporação, do agronegócio, enquanto a ciência está a serviço dos grandes projetos de Nação, do interesse público.”(1)


O professor Arthur Soffiati, da Universidade Federal Fluminense doutor em História Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um dos críticos das mudanças propostas contidas no Relatório. Para ele “a questão ambiental não esta sendo considerada, pois as proposições só consideram os interesses dos grupos de produtores rurais”. “Se estas propostas forem aprovadas no Congresso e sancionadas pelo Presidente, os impactos negativos sobre os compromissos assumidos pelo governo na Lei das Mudanças Climáticas, na Convenção da Biodiversidade e no que concerne aos ecossistemas aquáticos continentais serão desastrosos”. (2)


Em 7 de abril foi lançado, em Brasília, por várias entidades da sociedade civil que participam dos movimentos social e ambientalista, um manifesto contra a aprovação do relatório para a mudança do Código Florestal. Segundo declaração de Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da Conservação Internacional (CI-Brasil): “é incompreensível que a proposta contida no Relatório, apoiada pelos produtores rurais, não leve em consideração a necessidade de conservar água, solos, serviços ambientais e a biodiversidade, como se fosse possível sobreviver sem esses recursos". A CI-Brasil é uma das signatárias do documento, que defende a manutenção das Áreas de Proteção Permanentes (APPs). Essas áreas protegem os topos de morros e as margens de córregos e rios, evitando deslizamentos de terra e o assoreamento dos cursos d´água e permitindo a manutenção dos serviços ecossistêmicos providos pelos recursos naturais. (3)


O manifesto defende também o tratamento diferenciado para as propriedades de agricultura familiar e é assinado por diversas entidades de defesa dos pequenos agricultores, como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF). (3)



Por uma retomada do debate incorporando questões ambientais!


Por uma lei florestal justa e efetiva!


(1) http://www.ivanvalente.com.br/2011/02/no-ano-internacional-das-florestas-deputados-ameacam-detonar-o-codigo-florestal-brasileiro/


(2) http://www.itaporahoje.com/?noticia=44479/dano-do-novo-codigo-florestal-e-imprevisivel--cre-especialista-da-ufrj


(3) http://www.conservation.org.br/noticias/noticia.php?id=525

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Hora do Planeta

A cada dia temos mais “contato” com desastres naturais: ondas de calor insuportáveis, secas intermináveis mais prolongadas, enchentes devastadoras, incêndios florestais, furacões avassaladores e como estamos acompanhando nos últimos dias o terremoto e subseqüente tsunami no Japão considerado um dos 10 maiores do século onde já se estima um número de 28 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos(1).


A lei física de ação e reação, aprendida na escola regular ou no dia-a-dia, está se manifestando pela escola da vida. O planeta, como uma conseqüência natural, em algum momento sentiria os impactos dos descuidos humano com o meio ambiente e reage para conseguir manter sua estabilidade. E, em consequência disso, nossa postura que não mede inter-relações e a pouca memória juntas recebem as reações atmosféricas, movimentos telúricos, poluição e aquecimentos terrestre e já era de se esperar que sofreríamos com catástrofes que afeta o “nosso desenvolvimento”. Porém são só chamadas para que possamos equacionar e definir nossa passagem pela vida, respeitando os outros, convivendo em equilíbrio com o eco-sistema.

Sabemos que as principais atribuições relacionadas ao aquecimento global são relacionadas a atividades humanas. Mas se nós fomos os causadores do problema também nós podemos ajudar a resolvê-lo. Uma boa oportunidade para isso foi a Hora do Planeta, que ocorreu no último sábado dia 26/03/2011 das 20h30 às 21h30, uma iniciativa da Rede World Wildlife Fund WWF para enfrentar as mudanças climática(2) e (3).

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour é um ato simbólico no qual todos são convidados a mostrar sua preocupação com o aquecimento global. Em 2010, a Hora do Planeta foi um sucesso absoluto, com recordes estabelecidos no mundo e no Brasil. Globalmente, 105 nações, 4.211 cidades e 56 capitais nacionais aderiram. Já no Brasil, mais de três mil empresas, 579 organizações, três governos e 98 prefeituras participaram do movimento simbólico de alerta contra o aquecimento global e em favor da conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos(4).


Durante esses 60 minutos, governo, cidades, empresas e pessoas são convidados a apagar suas luzes para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Assim como foi com pequenos passos que caminhamos em direção a atos que prejudicam nosso planeta, também com pequenos passos caminharemos rumo a ações que podem ajudá-lo! Façamos nossa parte na Hora do Planeta! Esta ação aumentará a curiosidade e ajudará a reflexão sobre quanto do planeta usamos para manter nosso estilo de vida, ou seja, quanto é nossa pegada ecológica!





quinta-feira, 24 de março de 2011

Dia Mundial da Floresta no Ano Internacional das Florestas

Em 21 de Março celebrou-se o Dia Internacional da Floresta. No ano Internacional da Floresta aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas se quer divulgar a importância das florestas para a vida do planeta.

Logotipo oficial com o tema Florestas para o povo, exaltando o papel das pessoa na gestão, conservação e exploração sustentável das florestas do mundo.

Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o PNUMA, informam que as florestas que ainda existem no planeta garantem o abrigo a trescentos milhões de pessoas de todo o mundo, garantindo de forma direta a sobrevivência de um bilhão e seiscentos milhões de seres humanos e oitenta por cento da biodiversidade na terra. Segundo o Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) de 2010 , levantado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o país possui 290 millões de hectares de florestas públicas cadastradas divididas, segundo:
106 milhões de hectares em unidades de preservação,
110 milhões para terras indígenas,
10 milhões dedicados a assentamentos de reforma agrária e
64 milhões de hectares ainda desprotegidos, quer dizer, sem uso regulamentado.

O SFB é um órgão gestor do governo brasileiro responsável pelas florestas públicas federais para a produção sustentável de bens e serviços. Possui, também a responsabilidade de geração de informações, capacitação e fomento na área florestal (http://www.florestal.gov.br/).

Existe desde 2008 o Plano Nacional de Mudanças Climáticas com os seguintes objetivos a) buscar a redução do desmatamento o alcance desta meta no bioma Amazônia evitará emisões em torno a 4,8 bilhões de toneladas de CO2 no período 2006-2017 (b) dobrar as áreas de florestas plantadas de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões de hectares, promovendo o plantio em áreas de pastos degradados, para a recuperação económica e ambiental destas.(www.mma.gov.br/estrutura/sfb/_arquivos/livro_de_bolso___sfb_mma_2010_web_95/pdf)

Fotos das paineiras em flor na UENF, no mês de março de 2010 e do ipê amarelo na Av. Vis. de de Rio Branco, Centro de Campos

Para terminar, mencionamos algumas vantagens das árvores na disposição urbana. A vegetação constitui-se em filtro e conveniente da radiação solar incidente no verão nas cidades tropicais e subtropicais, constituindo-se em uma estratégia na procura da sustentabilidade urbana. O frescor da sombra de uma árvore é mais prazerosa devido a evapotranspiração que ocorre nas folhas. Sob as árvores acontece a absorção da radiação, a transmissão e a reflexão o que causa um efeito refrescante. Elas combatem a salinidade e problemas de alagamento, protegem e conservam o solo, conservam e encorajam a biodiversidade. (http://saf.cnpgc.embrapa/publicacoes/arvoresepastagens.pdf)