O trabalho em associações e/ou cooperativas para os catadores, é uma alternativa de crescimento, em organização do trabalho o que leva a um reconhecimento maior da sociedade pela unidade e compromissos com qualidade no serviço. Um exemplo vem de catadores na Prefeitura de São José dos Campos que se transcreve.
O objetivo da Cooperativa Futura é proporcionar geração de renda e formalização do trabalho de catadores de materiais recicláveis do município. O projeto também prevê a elevação da escolaridade dos cooperados, com cursos de alfabetização.
A criação do projeto teve início em meados de 2005, com o cadastramento dos catadores, que passaram por treinamentos ministrados pela Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e iniciou suas atividades em abril de 2006.
Em junho de 2011, a Cooperativa Futura firmou um convênio com a Secretaria de Serviços Municipais para a implantação do programa "Bairro Limpo", com o objetivo de extinguir os pontos clandestinos de descarte dos resíduos sólidos da construção civil e ampliar a utilização dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).
A Cooperativa Futura assumiu a operacionalização dos PEVs, passando a recepcionar, separar e armazenar temporariamente os resíduos.
Com geração de renda e trabalho formalizado, os catadores cooperados contribuem para a sustentabilidade ao separar materiais recicláveis Fonte [1]
Após o ganho de experiencia no trabalho associado, há ainda mais oportunidades, por exemplo, maior crescimento em qualidade e eficiência econômica como indica a noticia da pagina do Programa CATA AÇÃO [2] com o título "Selo de qualidade garante renda maior para catadores", publicada 21 de fevereiro e transcrita a seguir.
A cooperativa de catadores Futura, de São José dos Campos, conseguiu validar sua certificação internacional com base na norma de responsabilidade social SA 8000.
A Futura foi a primeira cooperativa do Brasil a conseguir essa certificação, que garante aos cooperados comercializar o material reciclável a preços mais vantajosos no mercado. O quilo do material reciclável, por exemplo, é vendido entre 8 e 18 centavos. Com o selo, esse valor pode chegar a 40 centavos.Em média, a cooperativa vende em torno de 130 toneladas de material por mês, o que garante uma remuneração média superior a R$ 1 mil para cada cooperado. A Futura foi criada em 2006 e hoje conta com 134 cooperados.Com a certificação, a cooperativa pode vender seu material diretamente para as indústrias, obtendo assim uma remuneração superior à praticada no mercado. Como o selo garante a procedência do material, as empresas aceitam pagar mais.A auditoria da Futura foi feita pela empresa SGS, e verificou itens como ausência de exploração do trabalho infantil e de condições análogas ao trabalho escravo, garantia de itens de saúde e segurança; preservação da liberdade de associação e negociação; ausência de discriminação sob qualquer forma, práticas e métodos disciplinares, cumprimento de horário de trabalho; remuneração e sistema de gestão. Todos esses itens tiveram que ser cumpridos para que a Futura obtivesse a SA – 8000.
A certificação SA - 8000 é uma norma internacional de avaliação da Responsabilidade Social de empresas fornecedoras e vendedoras, baseada nas convenções da Organização Internacional de Trabalho (OIT) e convenções da Organização das Nações Unidas (ONU). As avaliações das condições e do local de trabalho são feitas periodicamente, com a metologia de auditoria[3].
[1] http://www.sjc.sp.gov.br/secretarias/desenvolvimento_social/cooperativa_futura.aspx
[2] http://www.cataacao.org.br/selo-de-qualidade-garante-renda-maior-para-catadores
[3]http://www.cpfl.com.br/parceiros_inovacao_tecnologica/documentos/Norma_Responsabilidade_Social_SA8000.pdf
