quinta-feira, 21 de março de 2013

22 de março, Dia Mundial da Água

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) todos os anos nesta data, um dia após do inicio do outono para America do Sul, é divulgada sua importância para manutenção da biodiversidade de todos os ciclos naturais, a produção de alimentos e a preservação da vida. Este ano a comemoração terá um significado especial porque a ONU, declaro 2013 o  Ano Internacional da Cooperação pela Água!  
Logo da ONU sobre  para o 22 de março de 2013.


 As fontes de água doce têm sofrido um processo intenso de degradação, especialmente nos últimos cem anos, em razão de um conjunto de atividades humanas sem precedentes na história: construção de hidrovias, urbanização acelerada, uso intensivo das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria. “A deposição de resíduos sólidos e líquidos em rios, lagos e represas, o desmatamento e ocupação de bacias hidrográficas têm produzido crises de abastecimento e crises na qualidade das águas”, aponta o engenheiro Paulo Ferraz Nogueira [2].

Pesquisas alertam para o futuro da água. Ela será mais do que um bem de consumo em extinção, se tornará em um fator decisivo na explosão de conflitos armados pela disputa gota a gota.  Exatamente por isso, governo, organizações ambientais e empresários cada vez mais realizam campanhas e desenvolvem tecnologias para um uso consciente e racional da água. Conforme relatório da Organização das Nações Unidas, o Brasil tem 12% das reservas mundiais de água potável. Aqui também se encontram o maior rio do mundo - o Amazonas - e o maior reservatório de água subterrânea do planeta - o Sistema Aquífero Guarani.  Políticas públicas e um melhor gerenciamento dos recursos hídricos em todos os países tornam-se hoje essenciais para a manutenção da qualidade de vida dos povos. “Se o problema de escassez já existente em algumas regiões não for resolvido, ele se tornará um entrave à continuidade do desenvolvimento do país, resultando em problemas sociais, de saúde, entre outros” [2].

A seguir lembremos alguns números levantados pela ONU, que alertam para o futuro do planeta: 
- 40% da população mundial já enfrentam escassez de água;
- 2,2 milhões de pessoas morrem a cada ano por beberem água contaminada;
- aproximadamente 21 países já sofrem com a escassez de água; 
- a partir de 2025, segundo a ONU, teremos uma séria crise de abastecimento de água, atingindo 2,8 bilhões de pessoas; 
- conflitos violentos pelo controle da água são registrados em 70 regiões do planeta; 
- o consumo mundial de água dobra a cada 20 anos; 
- a disponibilidade  de água per capita no planeta foi reduzida em 60% nos últimos 50 anos;
- 25% da população do planeta não têm acesso a água potável; 
- no mundo, 50% da água que vão para as grandes cidades é desperdiçada; 
- no Brasil este percentual chega a 40%; 
- 99% da água existente no planeta não estão disponíveis para o uso humano;
- 72% dos leitos hospitalares são ocupados por pacientes vítimas de doenças transmitidas pela água; 
- 58% dos municípios brasileiros não têm água tratada [2].



A água doce é um recurso potencialmente renovável e limitado do Planeta Terra. E o processo de tratamento da água é criterioso e caro. Por estas razões, use-a racionalmente e evite qualquer desperdício!

Dicas para o uso racional da água: 
- Feche bem as torneiras após o uso. A torneira aberta durante 1 minuto gasta 3 litros de água. 

- Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. 
- Desligue o chuveiro para se ensaboar e reabra para se enxaguar. Evite banhos demorados. 
- Antes de lavar a louça, remova restos de comida dos pratos e das panelas, ensaboe, e só abra a torneira para o enxagüe.  
- Evite lavar as calçadas com mangueira.  
- Molhe plantas e jardins ao entardecer ou amanhecer. Isso evita a evaporação rápida da água. E utilize regador em vez de mangueira.
- Evite que as crianças brinquem de tomar banho com mangueira. 
- Fique atento aos vazamentos em pias, chuveiros e vasos sanitários.
- Conserte imediatamente os vazamentos e fugas d´água, trocando as partes danificadas das canalizações. Não faça remendos provisórios [2].


[1]  Paulo Ferraz Nogueira é Engenheiro Civil pela Politécnica da USP.  Especialista no uso racional da água
{2] http:/www2.portoalegre.rs.gov.br/pwdtcomemorativas/default.php?reg=4&p_secao=59

domingo, 17 de março de 2013

Os catadores devem ser remunerados pelo serviço de coleta, triagem e encaminhamento para reciclagem dos resíduos não perigosos com os que trabalham há anos, sendo muito explorados


Próximos terminar o prazo que estabeleceu a Lei Federal 12305/2010 para ter um de Plano de gerenciamento de resíduos sólidos coletivo nos municípios e regiões, com a participação dos catadores de materiais recicláveis organizados, em Campos-RJ se observa pouca preocupação e apoio para a organização deles em associações e/ou cooperativas. Embora os catadores, com seu trabalho, serem os responsáveis históricos pelo desenvolvimento do mercado da reciclagem no Brasil, se observa na cidade uma coleta seletiva com inclinação de apoio aos sucateiros e atravessadores presentes ao fim do percurso dos caminhões de coleta e no ponto de transbordo em Codin, onde deveria funcionar a segunda Usina de Triagem de Campos.
Foto de visita à Usina de Triagem em Santo Amaro - Campos em 2006

A seguir algumas estatísticas sobre reciclagens. A primeiras foram apresentadas em 2009 pelo Centro Regional Ecuménico de Asesoría y Servicio (Creas) que se transcreve.
                                                           " Há mais de 60 milhões de catadores de materiais recicláveis 
no mundo, segundo cálculos do Banco Mundial. Em termos 
econômicos, isso significa um impacto de centenas de milhões de 
dólares anuais. Com esse trabalho, eles lutam pela sobrevivência 
e, ao mesmo tempo, ajudam a suprir indústrias. Sua atividade 
pode reduzir as importações de matérias-primas, possibilitando 
economia aos países. Com freqüência, os materiais coletados são 
até exportados, gerando divisas. Na Argentina, por exemplo, o 
plástico utilizado no engarrafamento de refrigerantes é exportado 
para a China, onde é reciclado e transformado em novos 
produtos". FRANCISCO, S. I. (2009) [1]
Em 2011 o Brasil foi mais uma vez, também, o campeão reciclando 98,3 % das latas vendidas, este percentual foi apurado em 2011 pela LataSA (Empresa de reciclagem de alumínio no Brasil com 22 anos no mercado). A reciclagem de uma única lata de alumínio, pode economizar energia elétrica necessária para manter um televisor ligado durante 3 horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas [2].
 Foto de http://intervalodanoticias.blogspot.com.br/2010/12/catadores-de-material-reciclavel-querem.html 

O MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis) reivindica que os catadores sejam reconhecidos e remunerados pelos serviços prestados na cadeia da industria da reciclagem como o elo que vem fazendo seu serviço, há muitos anos, na logística reversa que coleta os materiais descartados após consumo [3].       

[1] Francisco, S.L. Trabalho de catadores de materiais recicláveis recebe apoios do governo brasileiro 
[2] http://www.latasa.ind.br/home.asp
[3] O Trecheiro  Jornal de Rede Rua de Comunicação Fevereiro-Março 2013 http://issuu.com/catadoresmncr/docs/214_o_trecheiro_fevereiro_e_mar_o_de_2013_internet?mode=window&pageNumber=2

domingo, 10 de março de 2013

Rio de Janeiro, sem ter solo plano, incentiva uma opção de transporte ambientalmente amigável: a BICICLETA

Há pouco a cidade de Rio de ganhou o título de Capital da Bicicleta. O prêmio foi dado pelo Transport Research Board, um instituto de pesquisa com sede em Washington.
Cada vez mais, as bicicletas estão se tornando uma modalidade de transporte, deixando para trás o estigma de equipamento  meramente usado para o lazer. Segundo dados da ONG Transporte Ativo, no município de Rio de Janeiro, o número de viagens de bicicleta pulou de 217 mil por dia para 420 mil entre os anos 2004 e 2012, estes dados também foram utilizados pela PMRJ. [1]
Embora a premiação recebida, pelo esforço que esta começando no município de Rio, este modal de transporte apresenta serias dificuldades, mencionam-se algumas:
- Falta investimentos em infra estrutura viária compartilhada, isto é ruas com ciclovias e/ou ciclofaixas protegidas,
- Respeito às regras de trânsito do Código Brasileiro de Trânsito,
- Falta de vestiários nas empresas e instituições educativas, além de bicicletários confiáveis,
- Necessidade de mudar a mentalidade do cidadão - que acha chique viajar de carro -.
Na cidade de Campos, cuja geografia é de planície e que começa a sofrer de engarrafamentos em suas ruas, poderia-se resgatar e realçar o uso de bicicletas fortemente usados pela população oferecendo melhorias e ampliação das ciclovias existentes.
A seguir, alguns dados no cartaz retirado de [2]   
O uso das bicicletas nas grandes cidades      Infográfico: O uso das bicicletas nas grandes cidades | .
[1] Matéria da Revista Amanhã do Jornal O Globo, "As bikes invadem as ruas", 5-3-2013 http://oglobo.globo.com/amanha/as-bikes-invadem-as-ruas-7744717#ixzz2NABTfTnt 
[2] http://conteudo.extra.com.br/html/infografico/uso-da-bicicleta.html

domingo, 3 de março de 2013

Quarta Conferência Nacional do Meio Ambiente

O  Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável (MNCR) divulgou em 27 de fevereiro, através em sua página eletrônica [1], a realização do evento IV Conferencia Nacional do Meio Ambiente com o lema Vamos Cuidar do Brasil . 
O MNCR é um movimento que há 10 anos vem organizando os catadores e catadoras de materiais recicláveis no  Brasil. Em sua página, faz um chamado para esta conferência por ser um instrumento de Educação Ambiental, apresenta o calendário de preparativos para o evento e exorta aos cidadãos o envolvimento nas suas cidades, assumindo responsabilidades para construção de sociedades sustentáveis. A seguir transcreve-se o conteúdo

4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente
Cartaz de divulgação do evento
                                                                                                                                                          

A 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente vai discutir a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com foco nos seguintes temas:
1. Produção e Consumo Sustentáveis: Como podemos consumir de forma mais inteligente, produzindo menos lixo.
2. Redução dos Impactos Ambientais: Como o cidadão pode reduzir e descartar de forma adequada o lixo que produz. Como reduzir as enchentes e a poluição dos mares, proteger  as nascentes dos rios, os animais, as plantas e nossa saúde. E ainda, como acabar com os lixões até 2014.
3. Geração de Emprego e Renda:   Como melhorar as condições de vida das pessoas que hoje tiram o sustento de suas famílias da catação do lixo. Este tema é direcionado à organização de cooperativas de catadores, que separam e reciclam os resíduos sólidos em galpões equipados para isso.
Mobilize seu município!
Não percam estas datas!!
Conferências Livres e Virtuais:
Contribuições de seu condomínio, bairro ou empresa para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. As contribuições são sistematizadas e destinadas diretamente à Etapa Nacional.
De Janeiro a Setembro de 2013.
Fevereiro a Agosto de 2013 Conferências municipais, regionais e estaduais: Debate das questões locais e eleição de delegados estaduais 
Maio a Setembro de 2013 Debate das questões locais e nacionais e eleição dos delegados nacionais
De 24 a 27 de Outubro de 2013 Debate das deliberações aprovadas nas Conferências Estaduais para a construção do documento final da 4ª CNMA.
Durante os debates, os diferentes setores da sociedade irão discutir preocupações e responsabilidades, apresentando reivindicações e sugestões de aprimoramento da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Todos os setores da sociedade estão convidados a participar da 4ª CNMA.
Para maiores informações, procure:
  • Prefeituras Municipais
  • Secretarias Estaduais de Meio Ambiente
Acesse Ministério do Meio Ambiente:
[1] http://www.mncr.org.br/artigos/4a-conferencia-nacional-do-meio-ambiente