segunda-feira, 20 de abril de 2015

Reflexões para comemorar o DIA da TERRA

Todo 22 de abril, há 45 anos, comemora-se o Dia da Terra. A Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 denominou a data como Dia Internacional da mãe Terra. O propósito desta data e da denominação é marcar a responsabilidade compartilhada para buscar a harmonia com a natureza em um tempo em que são visíveis as correlações da ação humana e a mudança climática, a exploração dos recursos naturais, a extinção de algumas especies de animais e a necessidade de melhores padrões de consumo e produção. 

A Carta da Terra [1] é uma declaração de princípios éticos para a construção de uma sociedade global sustentável, pacífica e com justícia socioeconômica. Foi escrita em 1992 durante a Conferencia da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Rio-92, mas sua versão final foi concluída em Paris, no ano 2000. Seu texto leva a acreditar que "um outro mundo é possível". A seguir a relação adaptada, desses princípios[2]
1. Conheça e proteja as pessoas, animais e plantas:
- Tenha respeito pelo modo como as plantas, animais e pessoas vivem;
- Proporcione proteção a diversidade de vida: Lute contra a matança indiscriminada de animais e Cuide das plantas e árvores de seu entorno (bairro e local de trabalho).
2. Sempre respeite estas três coisas:
- A vida de todo e qualquer ser vivo;
- Os direitos das pessoas sem limitar-se pela cor da pele, religião, opinião política, língua ou situação econômica;
- O bem estar de todos os seres vivos.
3. Utilize com cuidado o que a natureza oferece: água, solo, ar...
E defenda a ideia de que todos têm direito a esses bens naturais.
4. Mantenha limpo o lugar onde você vive:
- Observar e inventar formas de economizar água;
- Separar resíduos secos (recicláveis) dos orgânicos (úmidos); jogue o lixo no lixo;
- Procure manter todas as suas coisas em ordem;
-  Adote a ideia dos “três erres”:
Reduzir
Reutilizar
Reciclar
O desmatamento não destrói apenas os ecossistemas, mas também leva à extinção de animais que neles vivem [3]. São exemplos: o mico leão dourado, tartaruga marinha, arara azul, onça pintada, tamanduá bandeira.
5. Aprenda mais sobre o lugar em que você vive
Sobre os seres vivos que fazem parte da sua comunidade e dos que vivem em outros lugares do planeta. Conheça e valorize o lugar onde vive e 
Compartilhe com outros o que você sabe.
6. Todo mundo deve ter o que necessita para viver!
Procure desejar ter somente o que realmente precisa. Aprenda a compartilhar o que tem e defenda sempre que:
- Todos devem ter o que necessitam para viver com dignidade: comida, casa, escola, médico e medicamentso;
- Todas as crianças devem ter acesso à escola;
- As pessoas necessitadas devem ser aquelas a quem nós devemos ajudar mais.
7. Diga sim à paz e não à guerra
- Procure viver em harmonia com todo mundo;
- Ajude as pessoas que estão a sua volta e ofereça a elas a sua amizade;
- Colabore para que mais pessoas apreciem as coisas boas e bonitas do nosso planeta;
- Cuide e ame as outras pessoas, animais e plantas: em casa, na escola e na sua comunidade ou cidade;
 Devemos nos esforçar para que haja paz em todo o mundo.
É preciso que todos se entendam e se ajudem mutuamente.
8. Estude, dando especial atenção para aquelas coisas que o ajudarão a conviver melhor com as outras pessoas e com nosso planeta.
- Quanto melhor se educar, melhor saberá viver;
- Utilize os meios de comunicação para lhe ajudar a compreender as dificuldades e problemas que as pessoas ao redor do mundo enfrentam;
- Estude com maior interesse os assuntos que lhe ajudem a ser uma pessoa melhor e a buscar alternativas para tornar o mundo um lugar melhor de se viver.
Em California’s Sierra Nevada,  se conserva a árvore gigante sequoia de 3.200 anos, apelidada de “A Presidente”,. com 75 metros e tronco de 9 metros de diâmetro. Foto da National Geografic  [4].
[1] http://people.ufpr.br/~dga.pcu/Carta%20da%20Terra.pdf
[2] http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/Capa/file/CTparacriancasNAIA.pdf
[3] vhttp://animaisemextincao.com/lista-de-animais-em-extincao-brasileiros.html
[4] http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/05/arvore-de-3-200-anos-que-mal-cabe-numa-foto.html

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dia Nacional da Conservação do Solo: 15 de abril

 A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2015 o Ano Internacional dos Solos[1] com a intenção de mobilizar e aumentar a consciência da sociedade  para a importância dos solos como parte fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles no mundo.
O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por rochas e sua fragmentação, aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas. É onde se desenvolvem e nutrem as plantas e serve de base para moradias e outras  construções que conformam a chamada ecologia artificial[2].
A formação do solo levou milhões de anos pela fragmentação de rochas sujeitas a intempérie. Fonte http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agricuture Organization - FAO) alargou (IUSS. 2006) o conceito e definiu o solo como qualquer material nos primeiros dois metros a partir da superfície terrestre que está em contacto com a atmosfera, com exceção de organismos vivos, áreas de gelo contínuo, não coberto por outro material e corpos de água de profundidade superior a dois metros. O solo é constituído por três fases: fase sólida que se divide em matéria orgânica e, essencialmente, em matéria mineral, fase líquida (solução do solo) e fase gasosa (atmosfera do solo).
É do solo que retiramos a maior parte de nossa alimentação direta ou indiretamente, se este estiver contaminado, certamente nossa saúde estará em risco. Portanto, o tema solo encontra-se no centro dos principais desafios do planeta – a produção de alimentos e de energia – em decorrência do papel fundamental na mitigação de efeitos de mudanças climáticas, na manutenção dos mananciais e na sustentação da biodiversidade, na medida em que estoca água, recicla nutrientes, protege contra enchentes, sequestra carbono e abriga cerca de 25% da biodiversidade do planeta [3]
Solo rico em humus,bom para agricultura. Fonte
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php 
Solo argiloso compactado pela falta de água. Fonte
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php
Para a engenharia agrícola o solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e animal). Para a engenharia civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, o solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções e edificações ou material de construção. Para a biologia, através da ecologia, o solo infere sobre os ciclos de renovação dos nutrientes minerais e determina os diferentes ecossistemas e habitats dos seres vivos[2]
Infelizmente substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação do homem acarretam a perda do solo. Outras causas de perda de solo são: a falta de água (desertificação), a erosão, o assoreamento, destruição da cobertura vegetal e/ou desmatamento e a poluição.

Principais fontes poluidoras do solo [4]:

- Inseticidas

- Solventes

- Detergentes

- Remédios e outros produtos farmacêuticos

- Herbicidas

- Lâmpadas fluorescentes

- Componentes eletrônicos

- Tintas

- Gasolina, diesel e óleos automotivos

- Fluídos hidráulicos

- Fertilizantes

- Produtos químicos de pilhas e baterias

- Lixões e esgoto sem tratamento


 O solo é um recurso que se forma muito lentamente (aproximadamente 1 cm a cada 100 anos) e que se degrada muito rapidamente (em minutos ou em poucos anos).  Portanto, pode-se dizer que, considerando a  escala de tempo da vida humana, o solo é um recurso natural não renovável. Ele é fundamental para a erradicação da fome e o desenvolvimento econômico e social da humanidade.

O Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído pela Lei Federal 7876/1989. Essa data foi criada com o objetivo de dedica-la à reflexão sobre a utilização correta do solo de modo a viabilizar a manutenção e a melhoria de sua capacidade produtiva e garantir a produção de alimentos de forma sustentável e sem a degradação ambiental. 

[1] http://portaldoagronegocio.com.br/noticia/onu-2015-ano-internacional-dos-solos-122116
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
[3] http://www.sbcs.org.br/wp-content/uploads/2015/03/carta-Brasilia-1.pdf
[4] http://www.todabiologia.com/ecologia/poluicao_dos_solos.htm
IUSS. 2006. Relatórios apresentados no 18th World Congress of Soil Science, International Union of Soil Sciences, 9 e 14 de Julho de 2006, Philadelphia, USA.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O crescimento do trabalho de catador estimula a solidariedade e promove a libertação de atuais formas de exploração!

Na mensagem do dia 6 de abril o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) destaca a experiencia de trabalho em cooperativas e em Redes de cooperativas que são conquistas promovidas pelo MNCR como apoio de Políticas Públicas em processo de implementação. A seguir a transcrição de da matéria titulada:
Cooperativas de catadores negociam em pé de igualdade e obtêm melhor renda


Setor de comunicação

O sonho dos catadores de materiais recicláveis de deixar de lado os atravessadores na comercialização dos materiais coletados está se tornando realidade. A mais nova indústria de beneficiamento de recicláveis propriedade dos próprios trabalhadores instalada em Pinhais, cidade próxima a Curitiba, no Paraná, está dando um grande passo nesse sentido. A Rede Cata-Paraná, que reúne 30 grupos e cooperativas de catadores e beneficia diretamente 600 catadores associados, começou a transformar as garrafas PET, plástico comum em embalagens de refrigerantes, em matéria-prima pronta para a indústria, produto conhecido como flocos de pet/flaks.
Reciclagem Popular: MNCR avança comercialização solidária interestadual
Usina de beneficiamento de PET em Pinhais - PR, planta autogerida por catadores do MNCR
Recentemente, a Rede Cata Paraná  ultrapassou sua atuação dentro do estado do Paraná e passou a beneficiar também redes de cooperativas do estado de São Paulo comprando o PET por preços melhores que os oferecidos pelos atravessadores.
A Rede Coopercop – parceria de cooperativas da região do Oeste Paulista –, que já existe há dois anos, realizou a primeira transação com o envio de carreta com 18 toneladas de PET para o Paraná. A negociação proporcionou ganho de 70% para as cooperativas de catadores do Oeste Paulista, já descontados os impostos e o custo de transporte. Outra rede de cooperativas do estado de São Paulo que já comercializa com a Rede Cata Paraná é a Rede Solidária Cata-Vida, da região de Sorocaba.
Aumento de volume e qualidade de material comercializado, com o trabalho de catadores em cooperativas e em redes de cooperativas.
“Outras redes, em que já há uma conversação – e espera-se que cheguemos a concretizar a comercialização conjunta de PET –, estão localizadas em Brasília, São Paulo (capital), Campinas, Mato Grosso e, por último, recebemos o interesse de uma rede no estado de Goiás”, comenta Carlos Alencastro Cavalcanti, catador representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) no Estado do Paraná.
A produção de Flak valoriza o material em até 100% e o produto se transformará em embalagens de bolo, cerdas de escovas, cordas, cobertores, roupas, entre outros produtos.
“Alguns desafios das redes de cooperativas de catadores são de manter os níveis de qualidade dos materiais e a tributação, pois somos obrigados a pagar o ICMS na comercialização interestadual. A logística também é um importante desafio, considerando o impacto que o preço do frete acarreta na composição do custo operacional, mas, sem dúvida, o principal desafio é o capital de giro, visto que não existem linhas de financiamento adequado a empreendimentos da economia solidária”, avaliou Carlos Cavalcanti.
A estratégia do MNCR de  organização dos catadores em cooperativas e associações de primeiro nível e em redes de cooperativas de segundo nível permite fugir da exploração do mercado de recicláveis, proporcionando melhores preços e qualidade de vida para os catadores. No entanto, essa estratégia ainda esbarra em barreiras tributárias sérias por falta de uma legislação que diferencie empreendimentos que visam lucro daqueles que não têm fins lucrativos, como é o caso de empreendimentos da economia solidária.
A versão original desta matéria se encontra em http://www.mncr.org.br/box_2/noticias-regionais/mncr-avanca-comercializacao-solidaria-interestadual