segunda-feira, 30 de maio de 2011

DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE: 5 DE JUNHO

Na UENF em 6 de junho terá inicio das aulas do primeiro período letivo de 2011, por coincidência neste ano, um dia após do Dia Mundial do Meio Ambiente. Outra situação perceptivel foi que nestas duas últimas semanas a temperatura na cidade, em outono, está mais baixa e inusual dos últimos 10 anos.
Questões ambientais vem sendo discutidas cada vez mais em nossas sociedades. Mudanças na temperatura, o crescimento das cidades, a aumento do lixo que vem se tornando uma das causas significativas das emissões de gases poluentes e modificadores da atmosfera. A existência do lixo é inevitável, não podemos impedir a sua produção, porém buscar alternativas que minimizem o problema está ao nosso alcance.
Mesmo que não seja possível reaproveitar todo o lixo gerado é importante que haja ao menos o cuidado de repassar esse lixo a quem possa fazer uso dele. Uma das formas de se caminhar nesse sentido é separá-lo e verificar algum programa de coleta seletiva próximo de sua residência, escola, trabalho, etc.
Na UENF existe um programa de coleta seletiva dos resíduos sólidos. Nele o recolhimento nos pontos de entrega voluntária é realizada pela equipe do projeto de Extensão, Rumo a Gestão Ambiental na UENF, que se desenvolve desde 2005. O programa não trata apenas da coleta, faz a triagem e encaminhamento adequado preservando o Meio Ambiente. Também, transmite e divulga informações, realiza ações e incentiva mudança de atitudes segundo recomendação da educação ambiental para a comunidade universitária e para a comunidade do Matadouro vizinha ao campus.
Mensalmente é feito um informe, se encontra na 79º edição, com as quantidades do material coletado lembrando sempre chamadas para melhorar a realização do programa. Esse informe é repassado para alunos e funcionários da universidade de forma a estimular a entrega dos resíduos, lixo seco, que são utilizados na universidade, e também daqueles consumidos e descartados nos domicílios dos universitátios e funcionários.
O projeto, na sua prática diária, segue a regra das três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. A redução é estimulada através de noções de educação ambiental que propõe um consumo consciente. A reutilização é praticada pela equipe com o uso das caixas de papelão coletadas para o armazenamento dos materiais coletados e desmontados, as folhas A4 com apenas uma face escrita são utilizadas na confecção de produtos aplicando os passos da arte e ciência de dobraduras de papel: origami e o kirigami; o quais são entregues aos funcionários, alunos do campus e às crianças da comunidade vizinha em datas comemorativas. O material que não é utilizado é encaminhado para eventuais catadores apoiados pelo projeto e aos caminhões da Prefeitura.
Destacamos que o trabalho da equipe se vê reconhecido e gratificado ao perceber que a comunidade universitária vem se esforçando para entregar o material de forma correta, muitos já entregando seu lixo reciclável pré-separado e sem resíduos, o que significa que há cidadãos que preparam seus resíduos secos em ótima qualidade para reciclagem. Tudo o que foi mencionado é mais um incentivo para que a universidade possa cadastrar um grupo de catadores para que possam receber os materiais coletados e prepará-los para aumentar dimensão do serviço que eles realizam na cidade.



Por um 5 de junho de reflexão para a preservação do Meio ambiente!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Prefeitura deverá canalizar a oportunidade de Inclusão dos Catadores que oferece a Cadeia de Reciclagem

A cadeia de suprimentos para a reciclagem se inicia com a separação do lixo nos domicílios e/ou locais de trabalho dos cidadãos, logo a coleta, a triagem, o acondicionamento para reuso ou venda dos componentes elementares cujo fim é a inserção na indústria de reciclagem ou de re-manufatura ou seu descarte correto.

Após a separação, a coleta é fundamental para a cadeia de reciclagem e para os catadores, pois foi o meio lícito para eles angariar seu sustento. Com sua atividade os catadores retiram resíduos das ruas e diminuem o consumo de recursos naturais.


A Lei Federal 12305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, promulgada em Agosto de 2010, na Seção IV Dos Planos Municipais da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, no art. 18, no 1° item fala da priorização dos recursos da União referido a Municipios que, no inciso II diz,

"implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de organização de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda."


Em 21 de Fevereiro 2011 iniciou-se o funcionamento o Aterro Sanitário em Conselheiro Josino, cujo esquema de funcionamento não permite a presença de catadores. (1)

Pelo mencionado acima, os catadores que coletam no aterro controlado, em Codin, aproximadamente 300, se encontram apreensivos pelo iminente fechamento. Além, de constatarem que a Coleta Seletiva, em funcionamento no Município, não considera os catadores na gestão. Este fato que esta longe da Lei.


Em 30 de Março, representantes do Conselho Municipal de Assistência Social de Campos dos Goytacazes (CMAS) mais seis catadoras em representação das catadoras que trabalham no Aterro Controlado, em Codin, entregaram um pedido ao Ministerio Público Estadual sobre:
-Transparência e Controle Social nas ações da coleta seletiva desenvolvida na cidade.


-Promoção de ações de Inclusão Social e Económica para a maioria de catadores que perderão seu sustento, ao fechar o aterro de Codin. Preparação para formação de cooperativas ou associações.

-Incorporação dos catadores no processo de coleta seletiva municipal.

-Formulação de um Plano Municipal de Gestão dos materiais recicláveis em conformidade com a Lei de Politica Nacional de Resíduos Sólidos. (2)


O projeto de Extensão, responsável por este Blog, veio divulgando desde 2006 a proximidade do fechamento do aterro controlado. Passaram-se 5 anos e virara realidade a saída da Codin. Porém, nesses anos o conteúdo da então proposta de Lei PNRS, mostrava o reconhecimento do espírito empreendedor dos catadores que, abraçando a oportunidade de se sustentar, coletando materias reciclaveis, encaminhava-os para procesos de industriais de novos produtos; desempenhando, sem perceber, o papel de um agente ambiental.