quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Reconhecimento e participação de catadores na Coleta Seletiva das cidades

O sitio eletrônico Sul21, da cidade de Porto Alegre RS, é um veículo de comunicação cujo objetivo é informar e fomentar discussão sobre questões relevantes para o desenvolvimento da sociedade sem abrir mão da seriedade jornalística e do espírito colaborativo. Na publicacão do 28 de agosto, o Sul21, divulgou uma realidade, tambem vivida pelo grupo de catadores do "lixão de Codin" fechado por decisão da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (PMCG) em Rio de Janeiro, para assumir a administração do Aeroporto Bartolomeu Lisandro em 16 junho de 2012, sem dar alternativas de trabalho para os, quase 500, catadores que trabalharam no lixao por mais de 10 anos. Esta situação foi deflagrada a pesar da Lei Federal 12305/2010 da Politica Nacional de Resíduos Sólidos o que mostra uma clara falta de interesse politico em respeitar direitos e cumprir deveres socais. Meciona-se o caso de um grupo de catadores do "lixao de Codin" que formou a Associacão Reciclar Campos, quem apos de quase 3 anos de luta legal ganharam um galpão para triagem da PMCG, oficialmente entregue dia 3 de junho de 2015, porem sem mobiliário e sem prensas nem balança, porque a instalacao de energia trifásica não pode ser terminada pelas dividas da PMCG com a empresa Ampla, consessionaria  encargada da distribuicao de energia elétrica na cidade de Campos. A seguir transcreve-se a matéria sobre a campanha pelo direito de participacao dos catadores na coleta Seletiva da cidade que fora divulgada pelo facebook do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Reciclaveis (MNCR) .

 28/ago/2015, 7h17min

Catadores lançam campanha por reconhecimento e participação na Coleta Seletiva

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Catadores que utilizam veículos de tração humana não poderão mais atuar na capital | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Débora Fogliatto
Uma campanha para valorizar o trabalho de catadores e catadoras em Porto Alegre foi lançada este mês, mas é fruto de discussões e reivindicações existentes há anos. A categoria alega ser desvalorizada pela Prefeitura Municipal, que não contrata os trabalhadores para realizar a Coleta Seletiva, optando por fazer licitações de empresas privadas, e implementa uma lei que busca acabar com as carroças e carrinhos.
A conversa entre o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e o poder público foi iniciada em 2003, mas com o passar dos anos não resultou em maior reconhecimento da categoria. Atualmente, eles acabam realizando um trabalho paralelo ao do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), que realiza a Coleta Seletiva. Ao mesmo tempo, milhares de resíduos são recolhidos diariamente por catadores, que trabalham em galpões de reciclagem em condições geralmente precárias.
Os catadores argumentam que o Código Municipal de Limpeza Urbana prevê a contratação de seus serviços para a Coleta Seletiva, através de suas organizações, mas isso não é cumprido pelo poder municipal. Recentemente, a Prefeitura anunciou o edital de licitação para contratação de uma nova empresa para realizar a coleta.
Diante da ausência de respostas, os catadores lançaram a campanha Coleta Seletiva Solidária, que permite que a população apoie sua luta através da separação de lixo para ser recolhido por eles. “Estamos nos mobilizando para que as pessoas intercedam no apoio aos catadores, para que a Prefeitura invista no protagonismo dos trabalhadores ao invés de na iniciativa privada”, explicou Alex Cardoso, líder do MNCR no Rio Grande do Sul.
Ele conta que havia negociações sendo feitas com uma equipe técnica da Prefeitura, mas que nunca aconteceram no âmbito político. “Iniciamos uma negociação com os técnicos, para a criação de um plano piloto de coleta seletiva, com bairros Tristeza e Assunção. Em dezembro, encaminhamos um documento para o DMLU para oficializar a cooperativa, mas eles nunca responderam”, contou Alex. A partir daí, o diálogo com o Executivo foi cortado, segundo ele.
Foto: Ocimar Pereira / PMPA
DMLU recolhendo resíduos: catadores pedem participação | Foto: Ocimar Pereira / PMPA
Na quarta-feira (26), representantes do movimento foram até o Ministério Público apresentar os documentos que já foram encaminhados para a Prefeitura e as determinações do Código de Limpeza. A reivindicação é que o órgão possa cobrar uma resposta por parte do poder municipal.
O DMLU argumenta que a coleta Seletiva é feita por meio de contratos regulares desde 1991, e que o processo está “bem constituído na cidade”, portanto, a nova licitação apenas mantém o processo, além de “ampliar e qualificar”. Através do programa Todos Somos Porto Alegre, a Prefeitura diz manter contato e diálogo com os catadores. “O programa visa à emancipação de carroceiros e carrinheiros por meio de novas oportunidades de trabalho”, afirma o DMLU.
Carroças e carrinhos de tração humana*
Essas novas oportunidades são necessárias devido à aprovação do decreto nº 16.638, que regulamenta a lei nº 10.53, prevendo a redução gradativa da circulação de carroças e carrinhos até 2016. A lei, aprovada em 2007 e proposta pelo atual vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), que na época era vereador, é criticada por movimentos organizados e cooperativas de carroceiros e carrinheiros.
A lei previa que a atividade fosse extinta dentro de oito anos, mas reuniões realizadas na Câmara de Vereadores ao longo deste tempo indicam que talvez o prazo não possa ser cumprido. O vereador Marcelo Sgarbossa (PT), que preside a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), acompanha a questão e constatou que o processo não tem dado certo, visto que o cadastramento que está sendo feito não foi bem-sucedido em encontrar os catadores. Ele protocolou um projeto de lei que procura estender o prazo de aplicação da lei, para que ela possa ser implantada até 2017.
A partir deste cadastro, os carroceiros seriam encaminhados para cursos profissionalizantes e, em seguida, ao mercado de trabalho. No entanto, o MNCR observou que “na prática, os cursinhos não encaminham nada”. Sgarbossa aponta que, ao invés de criminalizar, a Prefeitura poderia criar alternativas que valorizassem e trouxessem mais dignidade para a atividade dos carroceiros e carrinheiros. “Poderiam ir na linha de reconhecer a atividade e dar condições técnicas, como carrinho com motor elétrico, para realizar essa coleta”, sugere.
Ele entende que a questão do direitos dos animais também é importante, o que torna mais complicada a temática dos carroceiros. “É claro que sou contra cavalos serem maltratados. Mas daí já se incluiu junto os carrinheiros, que são de tração humana. me perguntam se não é indigno um ser humana empurrar um carrinho, mas temos que perguntar o que essas pessoas acham”, apontou, destacando que nas reuniões realizadas os trabalhadores se mostraram orgulhosos e com vontade de continuar na profissão.
Relatório destacou como uma das boas práticas do estabelecimento as atividades mo Centro de Reciclagem |Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini)
Catadores trabalham em centros de reciclagem |Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini
Em audiência realizada na Câmara, Juliana Couto da Silva, recicladora da vila Santo André, criticou também o valor oferecido como indenização pela Prefeitura. “Querem tirar as carroças e os carrinhos das ruas, mas oferecem R$ 200, o que a gente consegue numa semana de catação”, ponderou. Ela também lembrou que “sem os catadores, Porto Alegre vai virar um lixão, pois somos nós quem recolhemos tanto lixo nessa cidade”.
Sgarbossa também destaca esse ponto, e questiona quem irá recolher todo o material que hoje é removido das ruas pelos catadores. “Isso vai ficar a cargo da empresa que é contratada pela Prefeitura, o que vai gerar ainda mais custos. Porque agora não tem custo nenhum isso para o poder público, o trabalho realizado por eles”, observou.
Na audiência realizada no último dia 18, representantes do Executivo argumentaram que um dos objetivos é dar direitos trabalhistas aos catadores, que agora tem uma profissão informal. Cursos de capacitação e alfabetização também estão previstos para iniciar em setembro, em parceria com o Senac, e outra opção seria entrar em associações de unidades de triagem que já existem.
Mas o Movimento denuncia que muitas associações agora “se portam diferente” e que os catadores são mera mão de obra à mercê das diretorias, que definem “as formas de partilha assim como toda a direção do trabalho. Muitos destes ‘diretores’ foram, mas não são mais catadores sendo que outros, nem chegaram a ‘sujar as mãos nos recicláveis'”, afirma Alex. Segundo texto divulgado pelo MNCR, dessa forma “a Prefeitura quer excluir a categoria e organizar meia duzia em galpões controlados pela politicagem municipal e entregar todo serviço de coleta seletiva à iniciativa privada”.
 *Com informações da Câmara de Porto Alegre
[1] http://www.sul21.com.br/jornal/catadores-lancam-campanha-por-reconhecimento-e-participacao-na-coleta-seletiva/

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Coleta seletiva na UENF sob a coordenação do Projeto de Extensão: A matemática na reciclagem, gestão da coleta e desenvolvimento da tecnologia no Norte Fluminense em novembro de 2018

Iniciativa de professora do Laboratório de Engenharia de Produção continua a promover hábitos de separação de resíduos no ponto de geração, neste ano, identificando quanto das ferramentas matemáticas são utilizadas para otimizar a coleta, o estoque e a armazenagem: na gestão dos materiais recicláveis gerados na instituição. O trabalho é compartilhado com os que acreditam que devemos preservar recursos naturais e com o apoio da Prefeitura do Campus e a Pro-Reitoria de Extensão.

Com o intuito de aumentar valor ao trabalho desenvolvido pelos catadores (ou recolectores de lixo reciclável) e inspirados na necessidade de implementar as Leis: Estadual 40645/2007 da coleta seletiva em instituições estaduais e a Lei Federal 12305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a UENF apoia à equipe do projeto dedicado a Coleta Seletiva, desde 2005.

Este ano, o projeto deseja comemorar o Biênio da Matemática Brasil (2017-2018) e quis resgatar ou colocar em evidencia o afazer diário, necessário, de qualquer catador, individual ou associado em cooperativas, para levar a frente o seu empreendimento: ganhar seu sustento retirando do lixo os materiais recicláveis. Atividade historicamente marginalizada e sujeita a exploração pelo mercado da sucata, desconsiderando a importância da proteção ao Meio Ambiente que os catadores realizam ao encaminhar seus materiais coletados para a industria da reciclagem, ver foto a seguir. 

Preparando  a entrega de material e realizando-a no galpão da Cooperativa de Triagem no Novo El Dorado.
           
Durante os meses meses de junho a outubro foram trabalhados os temas de escalação de tarefas entre os membros da equipe, que trabalha arranjos e permutações, para dividir as tarefas básicas por competências de cada membro que colabora no Projeto. Alem de formas de medida com as necessárias adições, multiplicações e divisões. A armazenagem que reduz volumes serviu para trabalharmos geometria espacial ou tridimensional, permitiu assim caixas convertidas em laminas de papelão, ver fotos acima. Utilizando arte chinesa origami e com a arte finlandesa Himmeli experimentou-se a confecção e desenvolvimento de produtos artesanais, cuja elaboração se comunica melhor utilizando faces, vértices, diagonais e chegando a sólidos em três dimensões, como a foto abaixo.

Com canudinhos elaboraram-se sólidos, aqui um de base um pentágono e faces triangulares
  Apresentar a arte himmeli pode ser, sim, uma alternativa de agregar valor ao material reciclável coletado; com dedicação e cuidado na construção levaria a uma atividade de artesanato ao seu trabalho em prol do meio ambiente. O empreendimento dos catadores de ter encontrado uma forma legal de ganhar dinheiro, porém pouco e com alto risco para sua saúde, deve incentiva-los para buscar uma boa administração na coleta e com o reuso, mais arte e a observação por demanda de novos objetos úteis eles poderiam vende-los a maior preço melhorando sua remuneração.  
No més de outubro receberam-se livros bem elaborados, atuais e de autores responsáveis que são  utilizados, pelo ensino a distancia gratuito e de qualidade, e foram colocados a disposição dos interessados na UENF, no nosso Centro de Triagem e no Restaurante Universitário, com a devida autorização dos doadores e da Prefeitura do campus, como se mostra na foto. 
Livros a disposição de estudantes,professores e visitantes dpredio P5 da UENF
  



sexta-feira, 5 de junho de 2015

Dia do Meio Ambiente: Associações e cooperativas de catadores composta por laços de solidariedade e apoio dos próprios e das lideranças sustentáveis da sociedade!

 5 de junho dia Mundial do Meio Ambiente, nos serve para refletir e lembrar que não há como "vislumbrar perspectivas no caminho da sustentabilidade do planeta. Perspectivas que, no entanto estarão sob contínuos riscos. Alguns desses riscos são a contínua e equivocada exploração de recursos naturais, quebra da produção de alimentos por secas e inundações induzidas pelas mudanças climáticas [1]", incentivo ao consumismo e a descartabilidade dos bens que aumenta a geração de lixo com a consequente poluição de solo e água nas cidades urbanas. 


A celebração desta data será  falando dos "catadores, pessoas que dedicam toda sua força de trabalho, na identificação de materiais reusáveis e recicláveis no lixo, em busca do seu sustento e identificando a verdadeira sustentabilidade socioambiental, quem ainda tem de lutar pelo seu reconhecimento e valorização do trabalho que realizam.  Eles são responsáveis por grande parte de todo o material que as indústrias de reciclagem operam no Brasil. Desta forma, converteram o resíduo sólido como bem de valor social, gerador de trabalho e de renda e promotor de cidadania

Catadores trabalhando no aterro controlado de Codin, Campos-RJ em outubro 2006


Os que conhecem a realidade dos catadores no pais, aclamam as palavras do Papa Francisco pronunciadas no 'Encontro Mundial de Movimentos Populares', realizado no Vaticano, em Roma, de 27 a 29 de outubro de 2014, onde garantiu seu apoio aos movimentos sociais e afirmou que "as causas estruturais da pobreza, desigualdade, desemprego, falta de terras e habitação, recusa de direitos sociais e trabalhistas precisam ser combatidas". No evento uma das 150 organizações participantes foi o sindicato de catadores de Pune, na Índia, onde Rebeca Kedari Thomas, catadora da Pune compartilhou sua luta para realizar seu trabalho de catadora e pelo reconhecimento de sua prefeitura e por direitos básicos, [2]. 


Em Brasil uma revolução silenciosa composta por laços de solidariedade e apoio mútuo, lemas do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis pela força de suas convicções, que valoriza o trabalho de agente ambiental dos catadores, está orientando e dando respaldo para que eles se organizarem em cooperativas a exemplo da Cooperativa de Reciclagem Nova Esperança, em São Paulo, que tem mudado a vida de tantas outras pessoas Brasil afora que sustentam suas famílias em Cooperativas de Reciclagem, [3].   A Associação Reciclar-Campos, em Campos dos Goytacazes recebeu o espaço construído para galpão de triagem dia 3 de junho, ver fotos.


 Localizado em bairro, próximo ao lixão fechado, na foto o espaço que abrigará o galpão de triagem da Associação reciclar -Campos


Parte da Reciclar -Campos que assumirá o trabalho no galpão, após de três anos "sem lixo" do Lixão de Codin. 

Com a orientação e sustento do Projeto de Pesquisa e Extensão “Apoio à  Organização  dos  Catadores  de  Campos”,  da  UFF/Campos, coordenado pela professora  Érica Almeida e o apoio UENF, os catadores que ficaram fora do "lixão", em 16 de junho de 2012, lutaram pelo reconhecimento e direitos de participação na coleta seletiva da cidade. Sob o amparo da Lei 12305/2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos os catadores com persistência e acreditam que trabalhando em cooperativas podem mudar seu serviço e suas vidas com dedicação, luta e apoio da sociedade terminando com a exclusão e marginalização ao trabalho de catador! 
Pelo aprofundamento da coleta seletiva com a inclusão do catador na Prefeitura de Campos dos Goytacazes! 


[1] Voltolini, R. Conversas com Líderes Sustentáveis Senac, São Paulo, 2011
[2] http://globalrec.org/2014/10/29/a-waste-picker-from-pune-shared-her-struggle-with-pope-francis/ 
[3] Mensagem do 03 de junho 2015. no Facebook do MNCR, em memória da catadora Dona Selma Maria de Jesus. 






quarta-feira, 20 de maio de 2015

Divulgação para o Fortalecimento da Reciclagem comemorou o dia 17 de maio!

O Dia Internacional da Reciclagem foi instituído pela UNESCO  (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura), foi comemorado no dia 17 de maio. 
Essa data foi criada para a reflexão sobre as questões ambientais, sobre o consumismo e alternativas para mitigação de impactos: como o consumo consciente e redução do desperdicio.
Todo o processo de geração, coleta, triagem, armazenamento e distribuição dos resíduos resultam em problemas sociais, ambientais e econômicos. Sabe-se que todas as atividades humanas geram resíduos, portanto em quase todos os lugares há a possibilidade dos residuos, sem um planejamento e gestão adequada, podem causar problemas. Para evitar e/ou diminuir esse risco, é preciso lembrar da necessidade de aderirmos as atitudes relacionadas aos conceitos pautados pela Agenda 21 (ECO-92): Reduzir, Reutilizar e praticar a Coleta Seletiva, que nada mais é que a separação dos materiais para efetuar a Reciclagem e/ou a destinação correta. A reciclagem, que necessariamente é um procedimento industrial, consegui recuperar materiais e voltar para o ciclo produtivo evitando a retirada de mais recursos naturais e diminui o consumo de energia elétrica [1].
Na cidade de Rio de Janeiro a Recicloteca - Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente- [1] comemora a data desde 2013. realizando atividades sobre coleta seletiva e reciclagem em instituições de ensino dos bairrios de Botafogo e Flamengo..
A seguir se publica o poster de comemorção da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária de  2014

Em Manaus o domingo 17, um abraço simbólico ao Teatro Amazonas celebrou a data, o evento ressaltou a importancia da Reciclagem e a valorizaçao dos trabalhadores que desenvolvem a coleta seletiva, triagem e armazenagem: os catadores!
Um abrarço simbólico em torno ao Teatro Amazonas, de catadores do MNCR e estudantes [2].  

Composta, em média, por 400 catadores, segundo a coordenadora do Comitê Estadual dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Irineide Lima, a categoria está dividida em seis associações e três cooperativas responsáveis por receber e triar os materiais recicláveis da cidade [2]. 
Dois catadores independentes recebem material do Projeto- Coleta Seletiva da UENF, uma vez por semana..
equipe do Projeto de Extensão, que operacionaliza a coleta seletiva na Uenf, vem fazendo entregas do papelão coletado, uma vez por semana, a catadores vizinhos do campus reconhecendo neles sua iniciativa e sua importância na cadeia da indústria de reciclagem. 


Com a reciclagem se completa a agregação de valor para os materiais descartados pelos usuários. Tal ganho de valor se inicia com a separação dos resíduos (feita pelo cliente), a coleta (feita pelos catadores) e termina com os procedimentos de reciclagem, 

[1] http://www.recicloteca.org.br/noticias/17-de-maio-o-dia-internacional-da-reciclagem/
[2] http://new.d24am.com/amazonia/meio-ambiente/abraco-simbolico-teatro-amazonas-celebra-diamundial-reciclagem/134086

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Reflexões para comemorar o DIA da TERRA

Todo 22 de abril, há 45 anos, comemora-se o Dia da Terra. A Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 denominou a data como Dia Internacional da mãe Terra. O propósito desta data e da denominação é marcar a responsabilidade compartilhada para buscar a harmonia com a natureza em um tempo em que são visíveis as correlações da ação humana e a mudança climática, a exploração dos recursos naturais, a extinção de algumas especies de animais e a necessidade de melhores padrões de consumo e produção. 

A Carta da Terra [1] é uma declaração de princípios éticos para a construção de uma sociedade global sustentável, pacífica e com justícia socioeconômica. Foi escrita em 1992 durante a Conferencia da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Rio-92, mas sua versão final foi concluída em Paris, no ano 2000. Seu texto leva a acreditar que "um outro mundo é possível". A seguir a relação adaptada, desses princípios[2]
1. Conheça e proteja as pessoas, animais e plantas:
- Tenha respeito pelo modo como as plantas, animais e pessoas vivem;
- Proporcione proteção a diversidade de vida: Lute contra a matança indiscriminada de animais e Cuide das plantas e árvores de seu entorno (bairro e local de trabalho).
2. Sempre respeite estas três coisas:
- A vida de todo e qualquer ser vivo;
- Os direitos das pessoas sem limitar-se pela cor da pele, religião, opinião política, língua ou situação econômica;
- O bem estar de todos os seres vivos.
3. Utilize com cuidado o que a natureza oferece: água, solo, ar...
E defenda a ideia de que todos têm direito a esses bens naturais.
4. Mantenha limpo o lugar onde você vive:
- Observar e inventar formas de economizar água;
- Separar resíduos secos (recicláveis) dos orgânicos (úmidos); jogue o lixo no lixo;
- Procure manter todas as suas coisas em ordem;
-  Adote a ideia dos “três erres”:
Reduzir
Reutilizar
Reciclar
O desmatamento não destrói apenas os ecossistemas, mas também leva à extinção de animais que neles vivem [3]. São exemplos: o mico leão dourado, tartaruga marinha, arara azul, onça pintada, tamanduá bandeira.
5. Aprenda mais sobre o lugar em que você vive
Sobre os seres vivos que fazem parte da sua comunidade e dos que vivem em outros lugares do planeta. Conheça e valorize o lugar onde vive e 
Compartilhe com outros o que você sabe.
6. Todo mundo deve ter o que necessita para viver!
Procure desejar ter somente o que realmente precisa. Aprenda a compartilhar o que tem e defenda sempre que:
- Todos devem ter o que necessitam para viver com dignidade: comida, casa, escola, médico e medicamentso;
- Todas as crianças devem ter acesso à escola;
- As pessoas necessitadas devem ser aquelas a quem nós devemos ajudar mais.
7. Diga sim à paz e não à guerra
- Procure viver em harmonia com todo mundo;
- Ajude as pessoas que estão a sua volta e ofereça a elas a sua amizade;
- Colabore para que mais pessoas apreciem as coisas boas e bonitas do nosso planeta;
- Cuide e ame as outras pessoas, animais e plantas: em casa, na escola e na sua comunidade ou cidade;
 Devemos nos esforçar para que haja paz em todo o mundo.
É preciso que todos se entendam e se ajudem mutuamente.
8. Estude, dando especial atenção para aquelas coisas que o ajudarão a conviver melhor com as outras pessoas e com nosso planeta.
- Quanto melhor se educar, melhor saberá viver;
- Utilize os meios de comunicação para lhe ajudar a compreender as dificuldades e problemas que as pessoas ao redor do mundo enfrentam;
- Estude com maior interesse os assuntos que lhe ajudem a ser uma pessoa melhor e a buscar alternativas para tornar o mundo um lugar melhor de se viver.
Em California’s Sierra Nevada,  se conserva a árvore gigante sequoia de 3.200 anos, apelidada de “A Presidente”,. com 75 metros e tronco de 9 metros de diâmetro. Foto da National Geografic  [4].
[1] http://people.ufpr.br/~dga.pcu/Carta%20da%20Terra.pdf
[2] http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/Capa/file/CTparacriancasNAIA.pdf
[3] vhttp://animaisemextincao.com/lista-de-animais-em-extincao-brasileiros.html
[4] http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/05/arvore-de-3-200-anos-que-mal-cabe-numa-foto.html

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dia Nacional da Conservação do Solo: 15 de abril

 A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2015 o Ano Internacional dos Solos[1] com a intenção de mobilizar e aumentar a consciência da sociedade  para a importância dos solos como parte fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles no mundo.
O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por rochas e sua fragmentação, aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas. É onde se desenvolvem e nutrem as plantas e serve de base para moradias e outras  construções que conformam a chamada ecologia artificial[2].
A formação do solo levou milhões de anos pela fragmentação de rochas sujeitas a intempérie. Fonte http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agricuture Organization - FAO) alargou (IUSS. 2006) o conceito e definiu o solo como qualquer material nos primeiros dois metros a partir da superfície terrestre que está em contacto com a atmosfera, com exceção de organismos vivos, áreas de gelo contínuo, não coberto por outro material e corpos de água de profundidade superior a dois metros. O solo é constituído por três fases: fase sólida que se divide em matéria orgânica e, essencialmente, em matéria mineral, fase líquida (solução do solo) e fase gasosa (atmosfera do solo).
É do solo que retiramos a maior parte de nossa alimentação direta ou indiretamente, se este estiver contaminado, certamente nossa saúde estará em risco. Portanto, o tema solo encontra-se no centro dos principais desafios do planeta – a produção de alimentos e de energia – em decorrência do papel fundamental na mitigação de efeitos de mudanças climáticas, na manutenção dos mananciais e na sustentação da biodiversidade, na medida em que estoca água, recicla nutrientes, protege contra enchentes, sequestra carbono e abriga cerca de 25% da biodiversidade do planeta [3]
Solo rico em humus,bom para agricultura. Fonte
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php 
Solo argiloso compactado pela falta de água. Fonte
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php
Para a engenharia agrícola o solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e animal). Para a engenharia civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, o solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções e edificações ou material de construção. Para a biologia, através da ecologia, o solo infere sobre os ciclos de renovação dos nutrientes minerais e determina os diferentes ecossistemas e habitats dos seres vivos[2]
Infelizmente substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação do homem acarretam a perda do solo. Outras causas de perda de solo são: a falta de água (desertificação), a erosão, o assoreamento, destruição da cobertura vegetal e/ou desmatamento e a poluição.

Principais fontes poluidoras do solo [4]:

- Inseticidas

- Solventes

- Detergentes

- Remédios e outros produtos farmacêuticos

- Herbicidas

- Lâmpadas fluorescentes

- Componentes eletrônicos

- Tintas

- Gasolina, diesel e óleos automotivos

- Fluídos hidráulicos

- Fertilizantes

- Produtos químicos de pilhas e baterias

- Lixões e esgoto sem tratamento


 O solo é um recurso que se forma muito lentamente (aproximadamente 1 cm a cada 100 anos) e que se degrada muito rapidamente (em minutos ou em poucos anos).  Portanto, pode-se dizer que, considerando a  escala de tempo da vida humana, o solo é um recurso natural não renovável. Ele é fundamental para a erradicação da fome e o desenvolvimento econômico e social da humanidade.

O Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído pela Lei Federal 7876/1989. Essa data foi criada com o objetivo de dedica-la à reflexão sobre a utilização correta do solo de modo a viabilizar a manutenção e a melhoria de sua capacidade produtiva e garantir a produção de alimentos de forma sustentável e sem a degradação ambiental. 

[1] http://portaldoagronegocio.com.br/noticia/onu-2015-ano-internacional-dos-solos-122116
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo
[3] http://www.sbcs.org.br/wp-content/uploads/2015/03/carta-Brasilia-1.pdf
[4] http://www.todabiologia.com/ecologia/poluicao_dos_solos.htm
IUSS. 2006. Relatórios apresentados no 18th World Congress of Soil Science, International Union of Soil Sciences, 9 e 14 de Julho de 2006, Philadelphia, USA.