quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CooperCodin: catadoras assumem desafio para firmar sua auto-estima e cidadania

Na quinta feira 17 de novembro foi realizada uma Assembleia de catadoras, do Aterro Controlado de Codin, na quadra de esportes do Colégio Pedro Álvares Cabral, no bairro Terra Prometida. Na pauta da reunião, a escolha dos representantes do Diretório ou Conselho Administrativo e apresentação do modelo de estatuto para próxima deliberação e aprovação. Foram eleitas por unanimidade pelos membros da assembleia. A seguir, a relação dos membros eleitos e a designação a ser usada:
Presidente: Deise Nogueira dos Santos
Vice-presidente: Andrea Souza Santos
Secretária: Marileia da Silva Cordeiro.
A reunião contou com a presença de mais de 23 catadoras, e aconteceu após o serviço diário delas. A assembleia foi dirigida pelo catador Custódio da Silva Chaves do MNCR-RJ e estiveram presentes na eleição o Secretário Municipal de Serviço Público, Zacarias de Albuquerque; Giselda Leão, representando a Secretária Municipal de Trabalho e Renda; Irecy dos Santos Silva Damasceno da Secretaria Municipal de Família e Assistência Social e as ex-funcionárias da empresa Vital Engenharia Ambiental: Marza Batista e Lourdes Castilho.
As catadoras, presentes na assembleia, prJustificaroximamente ficarão sem acesso ao seu local de trabalho, de mais de 20 anos, com o fechamento do Aterro Controlado, em Codin, e agora com a Lei Federal 12305, da Politica Nacional de Resíduos Sólidos, para exercer seu trabalho terão que adquirir formalidade através de associações ou cooperativas e buscar outro local de para trabalhar.

O Conselho Municipal de Assitencia Social (CMAS), representada pela professora da UFF Érica Almeida, em contato com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR-RJ) vem apoiando as catadoras do aterrro em Codin. Nas últimas cinco semanas, quatro membros do MNCR-RJ entre eles Custódio da Silva Chaves, um dos coordenadores do movimento e presidente da cooperativa CooperGericinó, localizada em Bangú, trabalharam e dialogaram com as catadoras no próprio aterro, conquistando a confiança delas que, reconheceram a necessidade de formar uma cooperativa.

O nosso Projeto de Extensão, a convite, esteve presente neste evento histórico, e ficou a disposição da CooperCodin para o apoia-la, dentro de suas possibilidades. As catadoras iniciaram um projeto desafiador e complexo: o Trabalho Cooperativado, mas não ficarão desamparadas porque a conjuntura legal e ambiental irá ajudar a estas corajosas catadoras, que desejam chegar com sua profissão ao reconhecimento e a independência económica. Elas terão a preparação e apoio dos que reconhecem o serviço valioso de um catador, pois aumentam a vida útil de produtos descartados e, sendo um elo na logística reversa da indústria de reciclagem, e após da triagem colocados a disposição de sucateiros e das fábricas recicaldoras.

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