sexta-feira, 7 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher: Catadoras do "lixão" da Codin lutam pela dignidade e exercício de sua profissão.

As catadoras da Associação Reciclar, de Campos dos Goytacazes, são dignas representantes da luta pelos direitos das mulheres com coragem e determinação. Elas organizaram-se, há quase dois anos, com apoio da Professora Érica Almeida, quem coordena uma equipe de pesquisa constituída por professores e alunos da UFF, por professores da UENF e principalmente o apoio do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Foi a persistência delas, que após de 18 meses do fechamento do lixão conseguiram, em ato público, a assinatura de termo de parceria com a Prefeitura que se comprometeu, até maio 2014, a construir e equipar um galpão para triagem e licenciar materiais recicláveis captados, na coleta seletiva realizada pela empresa Vital Engenharia.
Catadores mobilizados, em frente da Prefeitura de Campos, em 21 de junho 2012

Em 25 de fevereiro. dia da assinatura de termo de parceria com a PMCG [1]
Elas lutam pela Coleta Seletiva Solidária executada por associações e/ou cooperativas autogestionárias de catadoras e catadores. Esta luta vislumbra um novo modelo de gestão integrada de resíduos sólidos da cidade que execute a inclusão dos catadores que há mais de 20 anos vieram tirando seu sustento da catação do lixo. Lutam por uma política pública capaz de apoiar todas(os) as(os) catadoras(es), desde aqueles que realizam um trabalho autônomo, ou estiveram ou estão trabalhando em lixões ou na rua, até aqueles em processo avançado de organização.
Logo do MNCR em homenagem ao dia da Mulher [2]

Esclarecidas dizem não à incineração, pois não aceitam a queima, dos resíduos, ao reconhecer, por experiencia própria, que são uma fonte de riqueza e aumentaria a poluição do meio ambiente. Defendem o seu sustento de vida e a sustentabilidade do planeta. Dizem não à privatização da coleta dos resíduos recicláveis e acreditam que a gestão dos resíduos deve ser executada com a participação da sociedade. Dizem não às tecnologias caras, ineficientes e que excluem as(os) catadoras(es). 
A catadora Maria Monica recebe prémio Living Legacy da Woman International Center
pelo seu trabalho de promoção de justica ambiental e apoio a reciclagem em São Paulo, [3]
Portanto, no Dia Internacional da Mulher, reafirmam o compromisso com os direitos das mulheres e fazem sua caminhada com coragem, seguras de sua profissão.de catadoras e cientes de que precisam se preparar para sua autogestão para se manter no mercado de recicláveis. Defendem os direitos humanos, a dignidade e valor presente em todas as pessoas e os direitos iguais para homens e mulheres!


[1] http://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=23752
[2] http://www.mncr.org.br/box_2/noticias-regionais/8-de-marco-mulheres-em-luta-pela-reciclagem-popular
[3] http://globalrec.org/pt-br/2014/02/28/um-dia-de-celebracao-364-dias-de-luta/

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