O Fórum Social Mundial (FMS) define-se como sendo um espaço de debate democrático de ideias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONG, e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo.
Neste ano o FMS foi realizado em Dakar, capital de Segenal na África, do dia 6 até o 11 de fevereiro, após ter dez anos de realizações. Na sua décima primeira realização, especificamente no dia 10, teve lugar a apresentação dos catadores de material reciclável no espaço Casa Brasil. Nesse local, representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) participaram da oficina de projetos sociais e apresentaram a experiência da Rede Cataunidos, que reúne nove associações de catadores da região metropolitana de Belo Horizonte integrada por 500 participantes. Apresentaram a Rede Minuano que reúne associações de catadores de 38 municípios de Rio Grande do Sul e conta com 800 catadores integrantes. Ambas as redes estão apoiadas pela Petrobras. Também, tiveram a oportunidade de debater a trajetoria e luta do MNCR e a formação da Rede Latinoamericana de Recicladores e a luta contra a incineração do lixo.
As atividades ligadas ao Brasil no FMS tiveram, como seu eixo central, as articulações em torno a Conferência das Nações Unidas, Rio + 20, evento que pretende rever o cumprimento da Agenda 21 de crescimento económico, desenvolvimento social e protecção ambiental estabelecidas na Conferência Rio/92. A Conferência Rio +20, programada para maio de 2012, terá como tema a Economia Verde, Desenvolvimento Sustentável e Erradicação da Pobreza.
A população cresce, os recursos naturais estão mostrando sua possibilidade de esgotamento, a dimensão limitada da terra e as mudanças climáticas levam a lutar por um outro mundo. O que significa combater a exclusão: marginalização politica e social dos cidadãos; preocupação e trabalho em prol do meio ambiente; respeito aos direitos humanos-ecológicos e diálogo democrático com todos os habitantes do planeta. Só assim um outro mundo é possível.
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