terça-feira, 8 de maio de 2012

Catadores do aterro da Codin temerosos ante iminente fechamento

Embora tenha sido inaugurado oficialmente em fevereiro de 2011 o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR)em Coselheiro Josino, viabilizado por projeto da Prefeitura e da concessionária Vital Engenharia(1), funciona parcialmente. Ele está localizado a 40 km do centro de Campos. Junto a esta situação, o fechamento do aterro controlado conhecido como "lixão" da Codin está muito próximo.
Os fatos mencionados levarão à cidade de Campos aumentar a estatística de municípios que usam aterros sanitários, que segundo o IBGE-PNSB em 2008 foi de 27,7%. Porém, não esquecer do problema social e econômico dos, aproximadamente 270, catadores que conseguem renda com o material reciclável coletado no aterro da Codin. Catadores que trabalham ali há vários anos.
Como colocou a Professora Érica Almeida(2) "Faz mais de 30 anos que Campos convive com o lixão da CODIN" e após vinte anos de discussão a aprovada Lei 12305/2010 da "Política Nacional de Resíduos Sólidos aponta para o cuidado que os poderes públicos envolvidos devem ter com aqueles trabalhadores que, ao não terem outras oportunidades de trabalho, elegeram o trabalho nos lixões como sua principal atividade e sua única fonte de renda."
Foto do Aterro Controlado da Codin em 2008
Desta forma deve-se considerar que a inclusão social e econômica destes catadores depende das interações e da comunicação, visando a transformação social, superando os elementos que obstaculizam o processo apropriação de conhecimentos, de competências, tecnologias, entre outros empoderamentos, em que não se dispensada a intervenção da Administração Pública. Não esquecer que os catadores representam o primeiro elo da cadeia da reciclagem. Mas, o catador não tem que trabalhar no lixão ou nas ruas correndo risco de vida e de saúde de forma desumana portanto deve ser preparado para se associar e ter acesso aos benefícios que grupos formalmente organizados tem direito.
Existem bons exemplos de inclusão, de acordo com o Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR), no estado de São Paulo as cidades de Diadema, Biritiba Mirim, Arujá, Assis, Araraquara, Orlândia, Ourinhos e São José do Rio Preto são consideradas modelos de Coleta Seletiva com a participação dos catadores. Embora, apenas 1% do lixo paulistano é reciclado e mais de 20 mil catadores trabalham nas ruas da cidade sem apoio(3). É necessário o aumento da separação de materiais pelos cidadãos e a coleta seletiva eficiente! Além da urgência dos catadores ganhar consciência de que se não se organizarem, não terão forças para reivindicar nada(4). Este é o momento!
(1)http://fmanha.com.br/blogs/esdras/2011/07/18/fim-do-204/
(2)http://robertomoraes.blogspot.com.br/2012/05/o-aproveitamento-da-mao-que-obrava-no.html
(3)http://www.pratigi.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1587:catadores-temem-fim-dos-lixoes-e-buscam-saida-em-cooperativas&catid=146:em-cima-da-noticia&Itemid=524&lang=es
(4)http://www.osaogoncalo.com.br/geral/2012/5/5/40291/os+sem+lixo:+dia+especial+para+catadores

Nenhum comentário:

Postar um comentário