A visão de que nossos recursos são finitos e da conseqüente necessidade de promover a recuperação de grande parte dos itens produzidos ou materiais utilizados para consumo começa a tomar conta do Setor Industrial. Essa visão tardia, diga-se de passagem, resulta também das exigências cidadãs, via legislação, e do trabalho persistente de catadores que fizeram crescer o elo da Coleta-Triagem-Armazenagem na cadeia da reciclagem de materiais sem ainda ter plena consciência ambiental-econômica-social de seu trabalho.
Então, é por conta da questão financeira e não pela propalada consciência ecológica, que estas mudanças vêm acontecendo. Mas isto não é por acaso todas as grandes empreiteiras têm hoje empresas na coleta do lixo em todo o País, a Vital Engenharia da Queiroz Galvão, a Foz do Brasil da Odebrecht, e a empreiteira Delta Construções, por exemplo. Com evidente influência e muito poder nas políticas públicas de Prefeituras.
Torna-se fundamental uma forte reflexão para promover um estudo que remeta a uma ação prática, buscando um amplo comprometimento da sociedade para a questão da escassez de matéria – prima e o que isso representa em termos de impactos e preservação do meio ambiente.
Seguindo neste contexto, é muito importante que um trabalho de sensibilização seja realizado junto às pessoas que trabalham com o recolhimento, a armazenagem e a comercialização de elementos recicláveis, como forma de oferecer apoio para torná-los profissionais da reciclagem, orientando através de cursos, palestras e oficinas, para que tenham noção da utilização dos elementos que coletam e da real importância e responsabilidade da atividade.
• Escolha do local onde o empreendimento vai operar.
• Encaminhamento dos resíduos domiciliares que não foram separados para a coleta seletiva e de rejeitos para as Unidade de Recuperação orgânica (compostagem) e ou Energética.
Moradores de Barueri protestam contra construção de incinerador de lixo [1]
Usina é a primeira a ser construída no Brasil e é rejeitada em outros países
Moradores de Barueri protestam contra construção de incinerador de lixo [1]
Usina é a primeira a ser construída no Brasil e é rejeitada em outros países
Moradores do bairro da Aldeia em Barueri e catadores de materiais recicláveis da região realizaram no dia 10 de julho uma manifestação contra a construção de uma usina de incineração de lixo na cidade. A marcha percorreu as ruas da Aldeia, bairro as margens do Rio Tietê onde pode ser construído o incinerador, reunindo cerca de 300 pessoas. O destino foi a Câmara Municipal de Barueri, onde foi realizado o 1º Fórum Regional de Soluções para Resíduos Sólidos que contou com a presença de Dan Moche Scheneider, especialista em de saúde ambiental e resíduos sólidos, Virgílio Farias, especialista em direito ambiental, e o diretor da empresa Foxx U.R.E., Alexandre Citvaras, vencedora a licitação para construção do incinerador em Barueri, primeiro desse tipo a ser construído no Brasil.
A Prefeitura de Barueri pretende incinerar 97% dos resíduos da cidade e reciclar apenas 3%, além de queimar também resíduos das cidades de Santana do Parnaíba e Carapicuíba. A proposta contraria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que dá prioridade a redução e reciclagem com inclusão social, além de normas do Conama e da ONU.
Os moradores já recolheram mais de 2 mil assinaturas contra a construção do incinerador no Bairro e têm distribuído para os demais moradores cartilhas explicativas sobre os males causados pela queima do lixo para a saúde das pessoas que vivem no entorno desses empreendimentos.
Vaias
O representante da empresa FOXX URE, Alexandre Citvaras, foi vaiado pelo público presente no Fórum, assim como o presidente da Câmara Municipal de Barueri, o vereador Sebastião Carlos do Nascimento, “Carlinhos do Açougue”, que tentou defender a empresa declarando que os moradores estavam sendo manipulados por sindicatos. Os moradores ficaram indignados com a declaração e o vereador foi hostilizado.


O seguinte poema é para lembrarmos que as lutas são as vezes longas, duras e com dissabores, mas mantendo os princípios éticos se poderão alcançar as metas que buscam o bem comum e o crescimento de uma região.
Bertold Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Nada é impossível de Mudar
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Nada é impossível de Mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.